sexta-feira, 20 de setembro de 2024

A Sogra — História

 

 Capítulo 2

Os olhos curiosos vagaram pelo amplo quarto, a grande cama arrumada com lençois azul celeste, posicionada no  centro do quarto com duas mesas de cabeceira, ambos em madeira escuras uma de cada lado, uma grande janela de vidro que dava para a sacada e que no momento estava aberta e pouco escondidas pelas belas cortinas creme pouco pesadas, duas poltronas posicionadas no lado direito próximas a janela, duas portas ao lado esquerdo, provavelmente um banheiro e o closet, logo Nate estava perdido dentro de uma delas, mas Andrea preferiu caminhar até a sacada e contemplar a vista que teria daquele ângulo.

Seus dedos finos arrastaram a cortina para o lado dando-lhe passagem e logo analisou a continuidade do jardim, observou melhor o lago, havia uma grande ponte que chegava até metade do lago, olhou para baixo vendo a grande piscina, a água cristalina permitia ver o chão, viu algumas árvores mais afastadas e sentiu-se curiosa ao que havia uma estrada de pedras, queria saber para onde aquela estrada lhe levaria, sua atenção foi roubada para dentro do quarto ao ouvir o barulho de uma porta, então voltou para dentro vendo Nate sair pela outra porta, estava de banho tomado e cabelos úmidos.

— Pode ir tomar um banho e trocar essa roupa, se quiser dormir um pouco.

— Não estou com sono, eu dormi durante a viagem — Disse e mordeu os lábios encarando o abdômen do moreno que mexia no celular.

— Mamãe deve chegar a qualquer momento, melhor se apressar já que não quer dormir e ter a desculpa de conhecê-la apenas mais tarde.

— Você vai dormir?

— Não, eu também não tenho sono.

— Está bem, eu não demoro — Nate afirmou e ela seguiu para a porta que ele havia saído.

Começou a despir-se analisando a grande pia de mármore branco, havia uma banheira média também de mármore branco, a parede tinham azulejos branco com detalhes em azul celeste, o que fez Andrea acreditar que Miranda talvez gostasse um pouco demais da cor, o grande espelho da largura da pia, Box de vidro, alguns produtos de beleza pela pia.

Ela terminou de despir-se e adentrou o Box abrindo a água morna, não molhou os cabelos para não ter o trabalho de secalos outra vez aquele dia, o banho não demorou muito, ela secou-se antes de enrolar-se saindo do banheiro, adentrou a outra porta e seguiu até a mala posta sobre o grande divã que havia ali, aproveitou para organizar nos espaços vazios dos armários, optou por uma calça de linho rose e uma regata preta de seda pouco solta ao corpo, scarpin não muito alto pretos e um rabo de cavalo, a franja foi posta sobre a testa, com dois fios maiores ao lado, rímel e um gloss rosa nos lábios e estava pronta, sentia que o coração rasgaria o peito por conta do medo, fechou os olhos brevemente e voltou a encarar-se no espelho, vendo sua imagem e esperando que estivesse a altura do que Miranda desejava.

.§.

— Natanael? — A voz rouca fez Andrea tremer enquanto descia as escadas.

Nate estava a alguns passos a sua frente, já que havia apressado os passos ao escutar a porta da casa ser aberta.

— Céus, a quanto tempo não corta esses cabelos? — Perguntou com um leve entortar de lábios ao passar as mãos nos cabelos do filho.

— Senti sua falta também mamãe — Disse divertido, Miranda curvou os lábios brevemente e sua atenção foi levada para andrea que estava parada no último degrau da escada, sentindo o coração acelerado.

— Um demônio, mas um belo demônio — Pensou sentindo os olhos azuis sobre si, Miranda a analisava como se ver a alma não fosse o suficiente, parecia buscar algum erro de seu passado e isso fazia suas mãos suarem gradativamente.

— Essa é a Andrea, minha namorada.

— É um prazer senhora Priestly — Miranda voltou a entortar os lábios.

— Pelo jeito meu filho não diz nada ao meu respeito — Disse encarando o filho enquanto Andrea a olhava confusa.

— Não tem muito o que dizer sobre você, mamãe, praticamente tudo está na mídia.

— Sobre como eu com gosto que se dirijam a mim não está lá.

— Okay — Nate olhou para Andrea que ainda estava confusa — Jamais chame Miranda Priestly de senhora.

— Oh, eu sinto muito — Andrea disse envergonhanda, Miranda a observou de cima a baixo.

— E as pestinhas?

— Já disse para não chamar suas irmãs dessa maneira — Disse revirando os olhos e passando as mãos pelos cabelos — Elas estão lá fora com Cara e Patrícia — Disse seguindo para a sala, Nate e Andrea a seguiram.

— E Stephen?

— Com alguma de suas prostitutas em algum lugar de Nova York — Deu de ombros enquanto se servia com uma dose dupla de whisky.

— Pensei que ainda estivessem juntos.

— Em que mundo você vive, querido? Stephen e eu não estamos mais juntos a meses — Disse sentando-se e cruzando as pernas — Sete meses, trinta semanas, duzentos e treze dias, cinco mil, cento e doze horas, sete mil trezentos e sessenta, e um minutos, e mil, duzentos e setenta, e dois segundos, estou tão feliz com isso que estou contando cada minuto de liberdade — Andrea tentou conter o riso.

— Ele é um bom homem.

— Fique a vontade para se casar com ele, provavelmente ainda está solteiro — Miranda debochou encarando-o antes de tomar um gole de sua bebida, Andrea sentia que a qualquer momento riria, mas tentava focar a atenção em suas mãos, não poderia rir, não na frente da pessoa que mais temia no momento.

— Nate! — O grito animado fez Andrea levantar a cabeça em tempo de dois furacões passarem como um vulto em sua frente, riu nasalado ver Patrícia vir em seguida e tentar escalar as pernas de Nate, nem mesmo percebera que era observada.

— Oi pestinhas — Disse abraçando-as.

— Você demorou.

— Pensamos que não viria mais — Andrea observou a interação dos três.

— Seu cabelo ta horrível — Andrea riu nasalado novamente pela sinceridade da ruiva, Nate revirou os olhos.

— Meninas, essa é a Andrea, minha namorada — As duas olharam para a morena a analisando assim como Miranda a pouco havia feito, mas diferente da mais velha, os pares de olhos não lhe fizeram tremer.

— É um prazer conhecê-las meninas.

— O prazer é nosso — Disse a garota que Andrea notou ter mais sardas — Sou Caroline.

— E eu Cassidy — Andrea sorriu para as duas e sentiu algo em suas pernas — Essa é a Patrícia.

— Muito prazer Patrícia — Disse divertida sentindo as labidas em sua mão, Patrícia era um belo São Bernardo branco com manchas marrons de tamanho médio, provavelmente tinha um ano de idade.

— Onde estavam pestinhas?

— Fomos tomar sorvete, conseguimos tirar a mamãe de casa — Cassidy disse e Nate riu enquanto Miranda revirava os olhos girando o copo.

— Mamãe comprou novos livros, Nate, você quer ver?

— Claro, depois do jantar okay? — Caroline afirmou.

— Você gosta de Harry Potter, Andrea?

— Sou fascinada, vi todos os filmes, visitei algumas exposições quando fui a Los Angeles e fui a alguns eventos — Disse sorrindo.

— Mamãe prometeu nos levar a exposição do Harry Potter nas próximas férias — Cassidy disse e Andrea olhou para a mais velha que agora lhe encarava.

— De onde você é, Andrea? — A voz rouca fez o ventre de Andrea contrair enquanto sentia as mãos voltarem a suar.

— Interior de Ohio — Tentou não gaguejar — Me mudei para Nova York para fazer faculdade.

— E em que trabalha?

— Sou colunista do jornal local — Miranda afirmou brevemente e isso fez Andrea gelar, ela não sabia o que aquilo significava, muito menos o entortar de lábios que a mais velha fazia, mas não parecia ser algo bom.

— E seus pais?

— Meu pai trabalha em uma importadora no setor financeiro e minha mãe tem o próprio negócio, a é organizadora de eventos.

— Moram em Nova York?

— Não, em Ohio.

— E como se conheceram?

— Mamãe — Nate interviu — Irá deixar a Andy sem jeito — Miranda tomou um gole da bebida a finalizando e deixou o copo sobre a mesa de centro enquanto encarava o filho.

— Estou apenas conhecendo sua namorada, é minha obrigação como mãe — Voltou a olhar para Andrea — E então?

— Nos conhecemos em meio ao caos de Nova York, Nate e eu acabamos pegando o mesmo táxi e discutindo, por nenhum dos dois querer descer — Sorriu de canto — Seu filho não gosta muito de perder pra uma mulher — Nate revirou os olhos.

— Ele é igual ao pai — Disse olhando-a nos olhos, azul celeste, Andrea notou que era a cor dos olhos da mais velha podiam serem confundidos com cinza, mas eram azul celeste, Andrea desviou o olhar para Cassidy e Caroline que adentravam novamente a sala, nem mesmo havia notado quando as duas haviam saído dali.

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