sexta-feira, 25 de outubro de 2024

A Sogra — História

  Capitúlo 17

Andrea desceu as escadas de casa e encontrou os pais sentados na sala, aproximou-se dos dois sentando-se e encarando-os, ambos trabalhavam em seus respetivos notebooks, sentados lado a lado, completamente atentos, Richard acariciava a mão de Claire como se massageasse o dorso, enquanto a outra mão estava em seu queixo lendo o que estava na tela, já Claire tinha uma caneca na mão também lendo algo no notebook.

Aquela cena era tão comum para Andrea e lhe enchia de amor, seus pensamentos lhe traíram quando lhe fez imaginar a cena com Miranda, céus, como queria ter Miranda, alguém que não tocou, não beijou, como Miranda havia se referido a tal mulher, ela era proibido, tudo que envolvia Miranda Priestly era irreal, exceto o que sentia naquele momento, exceto seus sentimentos, já sentia saudade dos pequenos furacões, havia prometido as duas que fariam cookies aquela tarde e que tomariam banho de piscina a noite, Andrea nem ao menos se despediu e já começava a se sentir culpa.

Claire finalmente levantou os olhos e viu a filha olhando para as mãos enquanto balançava o pé, parecia tão perdida em pensamentos, sua feição era tristonha e seus ombros estavam caídos como alguém que estava prestes a chorar.

— Querida? — Chamou calmamente, Richard as olhou enquanto Andrea encarava a mãe — Você já foi tomar seu café?

— Não tenho fome.

— Andy — Disse com pesar — Querida, não pode ficar assim, por que não liga para Doug ou Lily? Você pode conversar com eles e se distrair, dar uma volta pela cidade, eu finalizo esse trabalho em instantes e podemos fazer compras se quiser.

— Não se preocupe mamãe, eu estou bem, eu vou caminhar um pouco pelo jardim.

— Qualquer coisa nos chame — Andrea sorriu de canto, Claire ainda lhe tratava como se tivesse cinco anos quando o assunto era cuidado, mas não se importava, na verdade adorava a atenção que lhe davam.

— Não se preocupe, eu não vou entrar na toca do coelho.

— Menos mal Alice — Disse divertida e Andrea saiu — Toma ao menos um pouco de café — Disse alto voltando a encarar o notebook.

— Está bem.

— Ela não vai tomar o café — Richard disse encarando o notebook, Claire tomou um gole do seu.

— Eu sei, mas eu não posso ser uma mãe irresponsável — Ele riu beijando-a na mão.

.§.

— Ai nós saímos da festa — Lily dizia.

— Mentira, ela tava ela um quarto da casa, eu tenho meus informantes — Doug gritou fazendo Andrea rir.

— Você ta bem? — Lily perguntou com o tom calmo.

— Sim, não foi nada demais, eu só... — Parou de falar olhando para os pés enquanto segurava a corrente do balanço com uma mão.

— Se apaixonou pela sogra — Doug continuou e riu — Seria ótimo se não fosse um desastre, eu estou rindo com respeito.

— Claro que está, Doug — Disse sorrindo, não conseguia ficar brava com ele.

— Não vai tentar falar com ela? — Lily perguntou.

— Não, eu acho melhor assim.

— Eu acho que você deveria voltar naquela casa, olhar na cara da Miranda, sacodi-la e dizer... — Pelo tom do amigo, Andrea pode perceber que ele estava gesticulando — Vamos transar Miranda — Andrea riu enquanto Lily parecia se contorcer de rir — Vai com o cabelo preso e solta quando falar pra dar emoção a cena.

— Você precisa parar de ver tanta série, Doug, não ta te fazendo bem.

— Okay — Lily disse puxando o ar — Eu acho que você deva procura-la, mas não chega tirando a roupa.

— Tira sim, vai ficar só olhando? Pelo amor da Madonna, estamos falando de Miranda Priestly, não de Natanael Priestly, tem uma grande diferença nisso, ele jamais — Enfatizou o jamais — Será ela.

— Isso é.

— Eu séria tachada de louca — Disse caminhando de volta pra casa, não estava tão longe.

— É claro que não, ela também ta louquinha por você.

— E como você sabe? Virou vidente?

— O que ele quer dizer é que não tem como não gostar de você, Andy.

— E provavelmente ela ta doggy style por ti — Andrea riu, Doug sempre usava o nome após ela contar que acabou deixando escapar em uma conversa com Miranda.

— Mesmo que ela esteja doggy style, não é o suficientez, ela é a mãe do Nate, não me procuraria por isso.

— Você dúvida das amigas do vale, Andy, que coisa feia — Doug Dramatizou — Sapatão quando vê o alvo, ataca, nem liga se for a sogra — Lily gargalhou — Essa aqui do meu lado que desencubou, meu orgulho  essa garota, mesmo não valendo nada.

— Hey! — Lily o repreendeu, Andrea riu ultrapassando o portão de casa e subiu os pequenos degraus que levavam a porta e abriu a porta, o silêncio estava instalado no local.

— Okay, Doug, eu entendi.

— Eu sou um ótimo professor.

— Nisso não há argumentos — Disse andando pela cada — Mãe!? — Chamou ao aproximar-se da cozinha.

— No jardim!

— Gente, eu ligo depois.

— Tchau Andy.

— Liga pra diaba gostosa, meu Mirandy tem que acontecer — Doug gritou dramático e as duas amigas riram.

— Tenham juízo — Disse antes de desligar, colocou o celular sobre a ilha da cozinha e seguiu para o jardim.

— Andy! — Sentiu dois corpos agarrarem o seu, ficando completamente estática, olhou para baixo e sorriu.

— Oi — Disse em tom amável as abraçando de volta — Como chegaram aqui?

— Olá Andrea — Seu olhar se ergueu para Nigel que sorria, seu interior tremeu.

— Céus, não brinque comigo, mente — Pediu em pensamentos.

— Oi... Nigel — Sorriu pequeno.

— Vem — Cassidy e Caroline disseram puxando-a pela mão, seguiram para a pequena estufa de Claire, seus olhos foram para sua mãe que deu de ombros sem negar o sorriso em seus lábios.

Andrea sentiu o ar faltar ao ver Miranda analisando as flores que estavam ali, Cassidy e Caroline soltaram suas mãos e saíram dando risinhos.

— Ela se chamava Andrea — Miranda disse e então se virou olhando-a nos olhos, Andrea novamente sentiu o ar fugir de seus pulmões, suas mãos suarem e suas pernas quase não sustentaram seu corpo, quão louco aquilo podia ser? Miranda Priestly estava ali, em sua frente lhe fazendo tremer e esquecer-se de seu próprio nome mesmo que ele houve acabado de ser pronunciado, os olhos azuis estavam intensos, tão intenso quanto se lembrava, assim como seu coração batia tão rápido quanto achava possível.

Céus! O que estava acontecendo? Por que sua mente brincava consigo daquela maneira? Por que o universo inteiro estava brincando com ela durante aqueles dias? Seu transe foi quebrado pelo som de um celular.

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Nota da Autora

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