Capítulo 11
— E aqui é o meu antigo quarto — Addison disse abrindo a porta do quarto, deixando a loira passar.
Os olhos azuis analisaram calmamente o local vendo uma grande cama de casal e uma escrivaninha próxima a janela assim como uma poltrona, duas portas, duas mesas de cabeceira com a abajures e um grande tapete redondo próximo ao pé da cama junto a um divã negro.
As paredes tinham tons azul e roxo, principalmente próxima a cabeceira que era revestida por um papel de parede.
— Alguma coisa me diz que você me trouxe aqui de propósito — Disse olhando-a.
— Talvez — Sorriu maliciosa e a abraçou pela cintura sentindo-a segurar seus braços.
Meredith encarou seus olhos e desceu para seus lábios, Addison segurou a lateral de seu rosto puxando-a para perto e deslizou o nariz sobre o dela fazendo-a fechar os olhos ficando com a respiração acelerada.
— Posso? — Perguntou em um sussurro e a loira afirmou, sentiu os lábios finos tocarem os seus lentamente e sugá-lo, então voltar a juntá-los novamente.
Seus lábios se afastaram deixando a ruiva deslizar a língua para dentrou de sua boca, os dedos de Addison deslizaram para dentro dos fios loiros puxando-os lentamente enquanto aprofundava o beijo fazendo-a caminhar para trás.
A economista sentiu as costas tocarem a parede e apertou as costas da ruiva sentindo-a brincar com sua língua, lábios e mente, Addison a prendeu contra seu corpo deslizando a mão por suas costas, cintura e perna fazendo-a erguê-la e cruzar em sua cintura.
Os dedos da ruiva deslizaram para sua coxa apertando-a com força, fazendo-a suspirar, seus lábios soltaram os carnudos quando o ar se fez escasso e os deslizou para o pescoço alvo, sua língua deslizou sobre o ponto de pulso da loira e então o sugou lentamente para não deixar marcas, deixando-a mole e trêmula.
Meredith soltou o ar com força sentindo-a voltar a lhe beijar enquanto subia a mão para dentro de seu vestido apertando sua nádega com força tentando trazê-la mais para perto, o som de um trovão as assustou fazendo-as rir.
Addison a olhou nos olhos lhe dando um selinho enquanto a abraçava, Meredith suspirou e mordeu o lábio encarando as esferas verdes intesas a sua frente enquanto a acariciava na nuca.
— Melhor voltarmos.
— Sim, vamos — Disse dando-lhe um selinho e puxando-a para o andar de baixo.
— Ah, ai estão vocês — Bizzy disse ao vê-las chegar na sala — Aonde estavam?
— Eu estava mostrando a casa para a Meredith e nos já temos que ir, a Mer tem que trabalhar cedo, eu ainda vou revisar alguns trabalhos quando chegar em casa e pelo jeito vai ser uma chuva daquelas — Pronunciou ao escutar outro trovão.
— Tudo bem, volte mais vezes, querida — Bizzy disse abraçando-a.
— Obrigada, eu voltarei com certeza — Disse retribuindo o abraço — Nos vemos na sexta?
— Com certeza.
— Precisamos falar mais sobre sua visão econômica empresarial — Capitão disse.
— Será um prazer — Respondeu sorrindo, abraçou Clarye e Rose.
— Tomem cuidado.
— Tomaremos — Addison disse saindo junto a loira.
[...]
— Então nos vemos — Addison disse fora do carro em frente ao prédio da loira.
— Sim, nos vemos.
— Quero te dar uma coisa antes de ir, espera um pouco — Disse abrindo o carro e pegando a bolsa, a vasculhou e e quando achou o que queria a deixou no banco — Aqui, abre a mão — A loira mesmo desconfiada obedeceu, a ruiva colocou uma chave em sua mão — É da minha casa — Deu de ombros — Você me deu a sua, então eu achei que seria bom você ter a minha, você pode ir conhecê-la na sexta, você sabe... Depois de sair com a minha mãe.
— Seria bom.
— Sim, seria — Sorriu de canto.
— Obrigada.
— Eu quem agradeço, é sempre bom passar um tempo com você, Meredith.
— É recíproco, Adrianne — Sorriu abertamente ao ver a careta da ruiva, aproximou-se beijando-a nos lábios lentamente, sentindo-a lhe abraçar pela cintura e aprofunda-lo.
Addison adentrou sua boca com a língua e adentrou seus cabelos com os dedos, era incrível beijar Meredith Grey e sentia que não queria parar, quando o ar se foi, a ruiva lhe deu selinhos fazendo-a sorrir.
— Tchau — Sussurrou.
— Tchau — A loira sussurou de volta e a observou entrar no carro, então caminhou para dentro do prédio sorrindo como boba por causa do beijo.
Ao chegar no andar e entrar no apartamento se assustou ao ver Cristina jogada no sofá.
— Quer me matar do coração?
— Ta rindo pra chave, por que?
— É da casa da Addison.
— Já te chamou pra morarem juntas? Que rápida, por isso gosto dela.
— Ela não me chamou pra morar com ela, só trocamos as chaves — Sentou no sofá tirando as sandálias após o blazer — O Derek tava lá.
— Credo, parece karma.
— Eu sei, mas o que importa é que os meus sogros de mentira me adoram, eu vou sair com a Bizzy na sexta, a gente vai naquela galeria que fomos lembra?
— Como esquecer — Revirou os olhos.
— O capitão quer me levar pra trabalhar na Montgomery — Disse rindo— Ele é muito bacana, nem parece com aquele de mal, agora sei porque a Addison tem a cara de mal, se bem que a Bizzy também tem — Prendeu os cabelos e encolheu-se no sofá — A gente se beijou.
— Você e o seu sogro?
— Claro que não, Cristina — Fez uma careta — Addison e eu.
— Mais vocês não já tinham se beijado?
— Não sem ser pra mostrar a alguém que estamos juntas, não foi um beijo encenado, foi realmente... Real.
— Você gostou?
— Como jamais gostei de nada — Sorriu de canto e encarou a chave nas mãos e Cristina a analisou, mas preferiu ficar em silêncio, mas foi impossível conter o sorriso de canto.
[...]
— Iai! Garota da Grey! — Mark saldou entrando na sala, Addison riu olhando-o — Como foi o jantar? — Sentou em frente a mesa.
— Se quer saber, eu não acharia ruim ser garota Grey, quanto ao jantar, teria sido melhor se o idiota do Shepherd não estivesse lá.
— Você não disse que eram apenas vocês duas e o seus pais?
— Bizzy chamou a tia Clarye por ela ta sozinha e ela acabou levando a Rose e o Derek, claro que a Rose e a tia Clarye não são o problema, o problema é aquele asno com cabelo engomado e engravatado se achando dono do mundo, só por ter uma esposa rica, idai que ele achou uma esposa rica? Eu sou a mulher rica — Mark riu.
— Você tomou ódio mesmo do cara.
— Ele é um imbecil, mas a Meredith o colocou no lugar dele, aliás, ela é incrível, precisa ver as ideias e argumentos que ela usa, capitão ficou encantado por ela, quer até mesmo trazê-la para a Montgomery.
— Ela te pegou de jeito, hein ruiva, quem diria, Addison Montgomery finalmente quer colocar uma coleira.
— Você vai encontrar alguém pra fazer pior com você — Debochou — Agora para de corpo mole e vamo' trabalhar, Sloan — Ajeitou-se na cadeira — E os novos contratados?
— Todos já foram informados, vão estar aqui na segunda, achei uma Grey no meio, ela fez uma entrevista on-line, muito qualificada, achei coincidência o sobrenome.
— Deve ser — Deu de ombros — Chamei a Meredith pra conhecer minha casa na sexta — Disse brincando com a caneta.
— Pensei que fossêmos falar de trabalho.
— Estamos tirando um recesso pra falar da Meredith, ta legal? — Informou com uma falsa seriedade, Mark ergue as mãos — Ela vai me encontrar lá depois de voltar de uma galeria com a Bizzy.
— A loirinha conseguiu mesmo conquistar os Montgomery's.
— E como.
— Mais o que mais me surpreende é ela se convidada pra ir na fortaleza da solidão, por quanto tempo eu dormi que você já ta quase casada.
— Casada não, só trocamos as chaves.
— Espera, isso é sério? Trocaram as chaves?
— Sim, ela me deu as chaves do apartamento dela e eu achei que seria justo fazer o mesmo — Disse pegando uma pasta — Okay, fim do recesso, hm... Reilly te entregou as entrevista que ele ficou encarregado?
— Ele me disse agora a pouco que ta terminando algumas correções.
— Okay — Anotou na agenda — Os storyboards?
— Vai estar em mãos em duas horas — Disse olhando no tablet — Como surgiu esse convite pra ela ir lá na sexta a noite?
— Não sei, eu só achei que seria legal chamá-la pra conhecer minha casa, já que ela me levou até a dela.
— Hm... — Afirmou — Você pediu pra Nia reagendar aquela reunião?
— Já, falei assim que cheguei — Soltou a caneta e o olhou — A gente se beijou ontem... — Disse e Mark a olhou — Sem ninguém por perto, um beijo de verdade e muito bom — Contou e pegou os óculos de grau colocando e voltou a pegar a caneta com um sorriso de canto, Mark negou sorrindo também, a amiga estava caidinha e nem tinha se dado conta ainda ou já, nem ele entendia a ruiva às vezes.
[...]
— Eu vou chegar ai amanhã a noite — Lexie explicou — Ás oito, eu tentei um vôo pra mais cedo, só que não consegui.
— Não se preocupe, se eu não puder te pegar no aeroporto, eu peço pra Cristina, eu combinei de sair com a minha sogra — Decidiu não contar a verdade sobre o namoro falso pra irmã — Então não sei que horas eu vou chegar em casa, também combinei com a Addison de ir pra casa dela depois, nós vamos jantar, então provavelmente você fique com a casa só pra você até às dez.
— Se você quiser dormir com ela, não precisa se preocupar comigo, Mer.
— A Addison vai entender se não passarmos o fim de semanas juntas, Lexie, não somos grudadas, só... Namoramos.
— Ta legal, ah, mamãe e papai estão mandando um beijo — Disse ao escutar Susan gritar da cozinha.
Meredith sorriu, gostava da mulher do pai, sempre fez o possível para ajudá-la nas guerras pela sua guarda, assim como Richard, seu padrasto, fazia.
— Diga que mandei outro, Lexie espera um minuto.
— Ta legal.
— Você tem que deixar esses na sala do George, esses com o Neal do terceiro andar e esses com a Dilyan.
— Okay.
— Obrigada Drey — Disse sorrindo.
— Eu posso te ligar depois, se você quiser.
— Não, eu já terminei, isso que dá ajudar a todos, eu não parei, hoje mesmo nem vou sair pra almoçar, quando você chegar mal me verá em casa, pois saio cedo e chego tarde algumas vezes.
— Eu realmente espero não te incomodar ou atrapalhar.
— Não vai, eu vou adorar te ter aqui — O telefone tocou fazendo-a suspirar — Agora eu preciso ir, nos falamos depois.
— Ta legal, até mais.
— Até — Disse sorrindo e desligou, então pegou o telefone — Meredith Grey, falando — Disse ao atender.
[...]
Meredith jogou o cabelo para o lado mordendo a ponta do lápis e respirou fundo, seus olhos seguiram para o relógio em seu pulso, assim que saísse do trabalho, passaria no supermercado para comprar algumas coisas que faltavam em casa já que no dia seguinte não teria tempo.
— Viu a cara que o Shepherd ta? — Stephanie perguntou.
— A última coisa que eu tenho feito, é reparado no Derek, Stephanie.
— Então, ele ta com a maior caranca desde que chegou, será que brigou com a senhorita West?
— Eu não sei e sinceramente, eles são o que menos me importa — A olhou — Eu vou levar isso até o Dylan — Mostrou a pasta levantando.
Após deixar a pasta com o colega voltou para a mesa arrumando-a tranquilamente, organizou as pastas e a bolsa, então desligou o computador.
— Eu também vou descer com você — Stephanie disse se levantando e pegando a bolsa — Lembra da Lene?
— A que trabalhava no RH?
— Sim, acredita que apareceu uma mulher com uma criança dizendo que é do marido dela?
— Quantos anos tem a criança? — Perguntou apertando o botão do elevador.
— Três, e ela ta casada a o que? — Tentou lembrar — Cinco, seis anos.
— Coitada, ela sempre foi doida por aquele homem.
— Pois é, todos salafrários, a raça deveria ser extinta.
— Isso com certeza — Disse e pegou o celular que tocou — Alô.
— Oi Grey — A voz rouca ecoou por seus ouvidos — Ocupada?
— Saindo do trabalho.
— E que tal jantarmos?
— Eu tenho que ir ao mercado comprar algumas coisas, você sabe que amanhã eu não vou ter tempo — Entrou no elevador — Pensei que iríamos jantar amanhã.
— Podemos jantar juntas três dias seguidos, isso se conseguirmos jantar amanhã, já que eu vou ser trocada pela Bizzy e provavelmente no fim de semana inteiro.
— Inteiro não, mas talvez no sábado sim, sabe que minha irmã chega amanhã.
— Por isso mesmo devemos jantar hoje e nos ver amanhã — Meredith sorriu mordendo os lábios.
— Não sei não, você não me convenceu — Saiu do elevador e caminhou para fora da empresa junto a Stephanie que tentava escutar a conversa.
— Acho que você não tem muita escolha— Disse e sorriu, Meredith desligou enquanto caminhava em direção ao seu carro, vendo a ruiva apoiada nele.
— Quando você convida alguém pra jantar ou pra te ver, você tem que esperá-la aceitar, antes de aparecer do nada.
— Eu sou diferenciada.
— Eu notei isso — Disse sendo abraçada pela cintura e beijada lentamente, Addiso mordeu seu lábio fazendo-a suspirar enquanto sentia a nuca ser apertada.
— Oi — Murmurou sorrindo, fazendo-a rir baixo e lhe dar um selinho demorado.
— Oi, cadê o seu carro? — Perguntou olhando em volta e sentindo uma mordida na orelha que lhe fez tremer e suspirar.
— Mandei o Alex ir pra casa, ou seja, você não tem escolha a não ser me levar com você.
— Isso é um abuso, Adrianne — A provocou, Addison revirou os olhos sorrindo e encarou a mulher ali parada, atrás de Meredith.
A loira virou-se para a colega de trabalho que as encarava e mordeu levemente os lábios afastando-se da ruiva, mas não completamente.
— Addison, essa é a Stephanie, minha colega de trabalho.
— Muito prazer, Stephanie.
— Oh prazer é meu — Sorriu e olhou para Meredith — Bom, até amanhã Mer.
— Até amanhã — Sorriu e a viu seguir para o carro, então encarou a ruiva — Vamos?
— Vamos — Lhe roubou um selinho e afastou-se deixando-a seguir para o outro lado do carro, então entraram — Sua amiga não vai sair não? — Perguntou colocando o cinto e vendo Stephanie parada ao lado do próprio carro.
— Não enquanto estivermos aqui, ela é uma garota legal, mas às vezes eu penso que ela vai acabar se enforcando com a própria língua — Addison riu vendo-a sair da vaga.
[...]
Addison caminhava ao lado de Meredith pelo corredor do mercado observando as prateleiras e vezes ou outra colocava alguma coisa dentro do carinho sem a loira perceber.
— Então a sua irmã chega às oito? — Iniciou outro assunto lendo um rótulo.
— Sim.
— Acha que vai dar tempo de buscá-la? Porque você vai a exposição com a Bizzy.
— Bom, eu marquei com sua mãe às seis, consigo ir em casa tomar um banho, encontrá-la, não creio que o passeio dure mais de uma hora, então consigo ir direto ao aeroporto, levá-la em casa e me encontrar com você na sua casa, logo depois, se eu por acaso me atrasar, eu peço pra Cristina ir buscá-la.
— Hm... — Colocou uma caixa de chá de maçã com canela no carinho.
— Eu não bebo isso — Disse encarando a caixa.
— Mais eu bebo, eu agora vivo no seu apartamento, preciso ter coisas que eu goste lá.
— Você é uma abusada — Addison sorriu convencida e pegou mais algumas coisas que gostava, então acompanhou a loira pelo restante dos corredores, até o caixa, depois de pagar, seguiram para o carro.
— Quer pedir uma pizza? — A ruiva perguntou arrumando as coisas no carro.
— Pode ser, tudo que eu sei agora é que preciso de um banho morno e me deitar — Suspirou cansada e entrou no carro junto a ruiva.
[...]
— Quer ajuda com essas sacolas? — Addison perguntou ao entrarem no elevador.
— Não, eu consigo.
— Tem certeza? Você ta quase sumindo atrás dessas sacos.
— Eu não estaria se alguém não tivesse enchido o carrinho?
— Eu precisava comprar o meu leite integral, meus cereais e granola, além dos iogurtes sem gordura, você não compra nada disso, eu também tinha que pegar o meio gouda, você só compra mussarela, como a gente come geleia sem gouda e sem geleia? — Perguntou, Meredith revirou os olhos.
— Você é uma dondoca.
— Ah, me culpe por querer comer bem, além de tudo, eu não me importaria com comida se estivesse ocupando minha boca com outra coisa — Provocou e sorriu maliciosa.
— Eu vou te proibir de vir aqui — Reclamou e sorriu de modo contido.
— E outra coisa, eu precisava das minhas caixinhas de chá.
— Eu não sei pra que três caixas de chá.
— Você vai ao mercado sempre que o chá acabar?
— Não, porque eu não bebo chá.
— É por isso que anda estressada — Resmungou saindo do elevador em direção a porta.
— Abre a porta e para de resmungar, Addison — A ruiva bufou pegando as chaves de seu bolso e abriu a porta entrando e acendendo a luz.
— Você lembrou de pegar tudo o que precisava? — Perguntou fechando a porta quando ela entrou.
— Creio que sim — Deixou as compras sobre a bancada da pia — Qualquer coisa eu vou comprar no sábado — Disse começando a guardar as coisas.
— O que quer comer? — Deixou as compras sobre a mesa.
— Não sei, acho que podemos comer alguma coisa rápida, talvez espaguete.
— Okay, então vai tomar banho enquanto eu guardo as compras e depois você faz o espaguete.
— Por que eu quem tenho que fazer? — A encarou.
— Porque eu disse pra gente pedir e você disse que preferia fazer algo rápido, amorzinho — Disse provocando-a e lhe beijou no canto da boca, dando-lhe uma mordida.
— Insuportável — Addison piscou e levou a atenção as sacolas não notando o sorrisinho de lado que a loira tinha.
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