terça-feira, 22 de outubro de 2024

Tinha Que Ser Você — História

     

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Capítulo 37

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Três meses depois...

Maura sentiu o corpo ser abraçado por trás e sorriu antes de virar a cabeça para o lado sentindo um beijo na bochecha.

— Tudo bem?

— Sim, o que faz ai?

— Nosso café da manhã — Voltou a atenção ao que fazia, Jane apoiou o queixo em seu ombro e acariciou sua barriga com o polegar.

— Fico imaginando quando a sua barriga estiver grande.

— Pra isso acontecer eu preciso estar grávida.

— Nós podemos resolver isso — Maura riu e então lavou as mãos, secando-as em seguida virou-se de frente para a morena a abraçando pelo pescoço.

— E como vai fazer isso detetive?

— Eu tenho pesquisado lugares — Disse convencida, Maura negou com a cabeça e a beijou nos lábios lentamente.

— Vamos comer, precisamos ir trabalhar.

— Por mim eu ficaria na cama com você pelo resto da vida.

— Não tenho duvidas quanto a isso — Jane a beijou e então a soltou indo ajudá-la com o necessário, em seguida sentaram-se para tomar café — Conversei com a Angela e com a Hope e estavamos vendo uma nova data pra nossa festa.

— E já decidiu?

— Sim — Sorriu — E como temos muitas férias acumuladas, eu pensei que poderíamos ficar algumas semanas fora, apenas eu e você, sem trabalho e sem preocupações.

— E a gente vai namorar boa parte do dia?

— Na maioria deles — Sorriu e soveu um pouco do café.

— Eu aceito o tempo de férias que você quiser — Maura riu de suas palavras e inclinou-se beijando-a.

  O som do celular ecoou fazendo Jane se levantar e seguir até a ilha pegando o aparelho, analisou o visor e então o atendeu.

— Rizzoli.

[...]

Maura analisou o crânio da vitíma enquanto Jane e Korsak a observavam trabalhar, os olhos verdes analisaram com calma.

— Ele tem uma fratura profunda na nuca, mas não posso afirmar que foi a causa da morte — Disse enquanto tateava a cabeça da vitíma e os olhou — Ele também tem multiplas fraturas nas costelas e nos pulsos, o que indicaria movimentos de defesa, o que contradiz todo o resto — Jane franziu a testa.

— Acha que falsificaram os movimentos de defesa?

— Eu não faço suposições, Jane — Disse enquanto levantava — Mas terei respostas concretas quando examiná-lo — Retirou as luvas e chamou um dos peritos — Ficarei feliz em responder suas duvidas depois — Sorriu de canto.

— Você tem sorte de ser linda e de eu ser louca por você — Disse seriamente, Korsak riu negando enquanto Maura sorria convencida.

— Seu estado eufórico e sua pupila dilatada assim como a respiração ociosa deixam isso bem claro, detetive.

— Okay cerébro brilhando, agora vai logo pra sua batcaverna antes que eu deixe meu estado eufórico falar mais alto e eu te leve diretamente para casa.

— Você precisa me levar, eu vim com você — Disse colocando o cabelo pra trás.

— Ta — Fez um falso drama — Te encontro no departamento.

— Okay — Korsak disse — Chego em alguns minutos — Jane afirmou e saiu junto a Maura.

— Eu estive pesquisando algumas passagens e hotéis — Maura disse pra detetive enquanto seguiam em direção ao carro.

— Pensei que quisesse ir pra Grécia.

— Eu sei, mas o que acha de dois destinos? — Perguntou, Jane abriu a porta pra ela e entrou em seguida — Podemos ir pra Santorini e talvez dar uma passada em Veneza.

— Itália? E quanto a nossa ideia de namorar por horas?

— Podemos namorar nos dois lugares e na cabine do avião.

— Okay, vamos pra Itália — Maura deu risada e negou enquanto analisava o trânsito.

[...]

O dia se avançou com total concentração no caso, Maura estava em sua sala esperando a chegada dos exames toxicologicos enquanto analisava relatórios de outros casos, escutou passos e ergueu o olhar vendo a morena aparecer na porta da sala, sorriu deixando os papéis de lado.

— A que devo a honra detetive?

— Eu vim matar a saudade e trazer um chá pra você relaxar um pouco, eu soube que ele é bom pra gestantes também — Aproximou-se e lhe deu um selinho enquanto lhe entregava o copo com chá.

— Obrigada, mas precisa se lembrar que eu não estou grávida.

— Eu achei que fosse uma boa ideia começar a acostumar o seu corpo — A fez levantar e sentou-se em seu lugar puxando-a para o seu colo, Maura a abraçou com um braço e tomou um gole do chá.

— É uma delícia, mas não deveria estar trabalhando?

— Eu fiz uma pausa — A acariciou na cintura, Maura lhe analisou deixando o chá na mesa.

— Ainda é estranho trabalhar sem o Frost?

— É... Um pouco — Disse e suspirou, Jane mal ficava em sua mesa após a morte do amigo, estava tentando se acostumar com o departamento sem ele, Maura beijou o canto da sua boca.

— Eu estive pensando — Mudou de assunto e Jane a olhou esperando que ela continuasse — Talvez pudessemos ver alguma cliníca e tentar a inseminação, o que acha?

— Seria muito bom — Sorriu e subiu a mão por suas costas beijando-a nos lábio ao alcançar sua nuca com as mãos — Eu não vejo a hora de entrar em lua de mel com você — Maura sorriu sugando-lhe o lábio.

— Eu também não — Abriu a boca para receber a língua da detetive que a beijou com fúria e desejo, escutaram batidas leves na porta e afastaram-se olhando para ela vendo Hope que sorria levemente.

— Desculpa atrapalhar.

— Não faz mal, eu preciso ir — Jane disse e beijou a bochecha da legista — Eu venho te buscar mais tarde.

— Tudo bem — Recebeu um selinho e a viu sair da sala após se despedir de Hope que lhe sorriu — Sente-se Hope — Ofereceu enquanto pegava o copo com chá e seguiu para o sofá se sentando junto a ela.

[...]

— Os eletrônicos estão limpos — Rose disse.

— A casa também — Jane Respondeu.

— Não há nada de estranho no trabalho também — Frankie apoiou-se na masa enquanto a irmã organizava o quadro.

— Nenhum débido pendente em suas contas bancarias também, ele parece limpo — Korsak disse.

— Mas está morto, só duas coisas podem ter o colocado nessa situação, ou ele devia muito e soube como esconder, ou...

— Ou o que? — Rose perguntou curiosa.

— Pegaram o cara errado — Disse deixando os três pensativos com suas palavras.

— Se ele era o cara errado, então quem de fato a gente ta procurando? — Korsak perguntou — Ou melhor, quem o nosso assassino ta procurando?

— É isso o que a gente precisa descobrir — Frankie, analise os amigos da nossa vitíma com características mais parecidas com ele, se eram amigos certamente foram confundos, não esqueça de conferir os antecedentes.

— Ta legal — Disse e começou a trabalhar.

— Walsh, veja todas as câmeras de segurança disponíveis próximas ao local, antes horário e depois do horário da morte.

— Certo.

— Eu vou continuar pesquisando sobre nossa vitíma — Korsak disse e Jane afirmou.

— Tenho os exames — Maura disse adentrando a sala e se aproximou da esposa.

— Alguma coisa?

— Fora a diabetes, ele estava completamente limpo — Lhe entregou a pasta com os resultados.

— Nada?

— Não — Jane bufou em desgosto.

— Se continuarmos desse jeito, você tera nove filhos e eu ainda vou estar aqui procurando por um assassino de uma vítima completamente fora do padrão.

— Eu não vou ter nove filhos, achei que já tínhamos discutido isso.

— Foi modo de falar, Maura — Disse e Korsak riu da amiga, Maura apoiou-se na mesa cruzando os braços.

— Como assim vitíma fora do padrão?

— O cara está completamente limpo — Korsak respondeu — Sem drogas, ficha criminal ou antecedentes, não há nem mesmo um multa de trânsito, era o tipo de homem que todo mundo amava.

— E por que matariam alguém assim?

— Por ele ser entediante — Jane disse chateada e Korsak riu novamente — Estamos checando os amigos.

— Se ele era um cidadão modelo, ele não andaria com nenhum tipo de pessoa fora do que vive, é um fato inconsistente — A legista disse.

— Você bebe vinho na taça e é casada comigo que bebo a cerveja direto da garrafa.

— Mas temos o mesmo ciclo de amigos e colegas de trabalho, temos mais compatibilidade do que incompatibilidade.

— Ela têm razão — Korsak afirmou — Mas se ele não andava com pessoas fora da realidade ou ele não sabia quem eram de fato os amigos, ou os amigos tinham amigos errados — Exclareceu deixando a loira confusa e Jane afirmou entendendo aonde ele queria chegar.

[...]

Jane se jogou na cama e suspirou, logo teve o corpo da loira parcialmente sobre o seu e a abraçou beijando-a na testa, Maura acariciou seu colo lentamente e a olhou.

— Vou almoçar com a Hope amanhã.

— Isso é bom — Disse acariciando-a nas costas — Algum lugar especial?

— Não, nada além de um almoço — Escondeu o rosto em seu pescoço — Deveríamos fazer um piquenique.

— Um piquenique?

— Sim, são ao ar livre, o que faz bem, além de ser um programa romântico entre parceiros e muito bom pra fazer com a família e os amigos.

— Quer ir fazer no parque?

— Não, eu tenho um lugar em mente.

— Tudo bem, mas me deixe terminar o caso primeiro, quero focar toda minha atenção em você durante nosso piquenique — Maura afirmou e a beijou nos lábios lentamente.

— Tudo bem, mas depois disso, você não vai escapar de mim.

— Não é algo que eu costume querer fazer — Disse com um largo sorriso sendo prontamente retribuída.

— É algo que me agrada saber.

— E o que mais, além do piquenique, você vai querer fazer?

— Eu não sei — A acariciou na barriga — Caminhar um pouco, talvez.

— Acho que vai ser bom namorar ao ar livre um pouco — Maura riu juntando seus rostos e passou o nariz pela bochecha da morena, Jane beijou levemente na ponta do nariz e a acariciou no braço.

— Eu não vejo a hora de sairmos em lua de mel, gosto tanto de ficar assim com você por horas sem me preocupar com o fato do celular poder tocar a qualquer momento.

— Isso com certeza é algo que eu mal posso esperar pra fazer — Virou-se sobre ela fazendo-a sorrir — E poder passar horas beijando você.

— Eu não posso dizer que acharei ruim.

— Eu sei — Sorriu e beijou-lhe o lábio lentamente — Eu te amo.

— Eu te amo mais — A acariciou nas costas sendo beijada novamente — Em alguns dias faremos cinco meses de casadas — Mordeu o lábio ao ser beijada no pescoço e a abraçou com pernas e braços.

— E o que pensa em fazer?

— Não sei, tem algo em mente?

— Por mim a gente ficaria durante o dia inteiro no quarto — Maura riu beijando-a e sentindo-a agarrar seu lábio lentamente, Jane deslizou os dedos para dentro das pernas da loira e a acariciou fazendo-a suspirar.

Maura mordeu o lábio movendo-se em direção a ela e a beijou com desejo, segurando-a no pescoço sentindo a língua da detetive brincar com a sua enquanto dois dedos lhe penetravam, moveu-se contra ela sentindo-a ir a cada segundo mais rápido assim como gostava.

— Jane — Murmurrou manhosa e mordeu o lábio olhando-a nos olhos.

— Diz pra mim amor, você pode me dizer tudo — Murmurrou sugando seu lábio novamente, Maura a agarrou apertando-a e tremeu contra seu corpo e sorriu relaxando, então deu risada.

— O que foi?

— Nada, eu só estou imaginando como será quando eu estiver com os hormônios no auge, não sei se você conseguirá dar contar ou se eu darei conta de você — Voltou a rir, Jane riu de volta.

— Você não existe — A beijou com lentidão ficando sobre seu corpo levemente.

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