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Capítulo 37
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Três meses depois...
Maura sentiu o corpo ser abraçado por trás e sorriu antes de virar a cabeça para o lado sentindo um beijo na bochecha.
— Tudo bem?
— Sim, o que faz ai?
— Nosso café da manhã — Voltou a atenção ao que fazia, Jane apoiou o queixo em seu ombro e acariciou sua barriga com o polegar.
— Fico imaginando quando a sua barriga estiver grande.
— Pra isso acontecer eu preciso estar grávida.
— Nós podemos resolver isso — Maura riu e então lavou as mãos, secando-as em seguida virou-se de frente para a morena a abraçando pelo pescoço.
— E como vai fazer isso detetive?
— Eu tenho pesquisado lugares — Disse convencida, Maura negou com a cabeça e a beijou nos lábios lentamente.
— Vamos comer, precisamos ir trabalhar.
— Por mim eu ficaria na cama com você pelo resto da vida.
— Não tenho duvidas quanto a isso — Jane a beijou e então a soltou indo ajudá-la com o necessário, em seguida sentaram-se para tomar café — Conversei com a Angela e com a Hope e estavamos vendo uma nova data pra nossa festa.
— E já decidiu?
— Sim — Sorriu — E como temos muitas férias acumuladas, eu pensei que poderíamos ficar algumas semanas fora, apenas eu e você, sem trabalho e sem preocupações.
— E a gente vai namorar boa parte do dia?
— Na maioria deles — Sorriu e soveu um pouco do café.
— Eu aceito o tempo de férias que você quiser — Maura riu de suas palavras e inclinou-se beijando-a.
O som do celular ecoou fazendo Jane se levantar e seguir até a ilha pegando o aparelho, analisou o visor e então o atendeu.
— Rizzoli.
[...]
Maura analisou o crânio da vitíma enquanto Jane e Korsak a observavam trabalhar, os olhos verdes analisaram com calma.
— Ele tem uma fratura profunda na nuca, mas não posso afirmar que foi a causa da morte — Disse enquanto tateava a cabeça da vitíma e os olhou — Ele também tem multiplas fraturas nas costelas e nos pulsos, o que indicaria movimentos de defesa, o que contradiz todo o resto — Jane franziu a testa.
— Acha que falsificaram os movimentos de defesa?
— Eu não faço suposições, Jane — Disse enquanto levantava — Mas terei respostas concretas quando examiná-lo — Retirou as luvas e chamou um dos peritos — Ficarei feliz em responder suas duvidas depois — Sorriu de canto.
— Você tem sorte de ser linda e de eu ser louca por você — Disse seriamente, Korsak riu negando enquanto Maura sorria convencida.
— Seu estado eufórico e sua pupila dilatada assim como a respiração ociosa deixam isso bem claro, detetive.
— Okay cerébro brilhando, agora vai logo pra sua batcaverna antes que eu deixe meu estado eufórico falar mais alto e eu te leve diretamente para casa.
— Você precisa me levar, eu vim com você — Disse colocando o cabelo pra trás.
— Ta — Fez um falso drama — Te encontro no departamento.
— Okay — Korsak disse — Chego em alguns minutos — Jane afirmou e saiu junto a Maura.
— Eu estive pesquisando algumas passagens e hotéis — Maura disse pra detetive enquanto seguiam em direção ao carro.
— Pensei que quisesse ir pra Grécia.
— Eu sei, mas o que acha de dois destinos? — Perguntou, Jane abriu a porta pra ela e entrou em seguida — Podemos ir pra Santorini e talvez dar uma passada em Veneza.
— Itália? E quanto a nossa ideia de namorar por horas?
— Podemos namorar nos dois lugares e na cabine do avião.
— Okay, vamos pra Itália — Maura deu risada e negou enquanto analisava o trânsito.
[...]
O dia se avançou com total concentração no caso, Maura estava em sua sala esperando a chegada dos exames toxicologicos enquanto analisava relatórios de outros casos, escutou passos e ergueu o olhar vendo a morena aparecer na porta da sala, sorriu deixando os papéis de lado.
— A que devo a honra detetive?
— Eu vim matar a saudade e trazer um chá pra você relaxar um pouco, eu soube que ele é bom pra gestantes também — Aproximou-se e lhe deu um selinho enquanto lhe entregava o copo com chá.
— Obrigada, mas precisa se lembrar que eu não estou grávida.
— Eu achei que fosse uma boa ideia começar a acostumar o seu corpo — A fez levantar e sentou-se em seu lugar puxando-a para o seu colo, Maura a abraçou com um braço e tomou um gole do chá.
— É uma delícia, mas não deveria estar trabalhando?
— Eu fiz uma pausa — A acariciou na cintura, Maura lhe analisou deixando o chá na mesa.
— Ainda é estranho trabalhar sem o Frost?
— É... Um pouco — Disse e suspirou, Jane mal ficava em sua mesa após a morte do amigo, estava tentando se acostumar com o departamento sem ele, Maura beijou o canto da sua boca.
— Eu estive pensando — Mudou de assunto e Jane a olhou esperando que ela continuasse — Talvez pudessemos ver alguma cliníca e tentar a inseminação, o que acha?
— Seria muito bom — Sorriu e subiu a mão por suas costas beijando-a nos lábio ao alcançar sua nuca com as mãos — Eu não vejo a hora de entrar em lua de mel com você — Maura sorriu sugando-lhe o lábio.
— Eu também não — Abriu a boca para receber a língua da detetive que a beijou com fúria e desejo, escutaram batidas leves na porta e afastaram-se olhando para ela vendo Hope que sorria levemente.
— Desculpa atrapalhar.
— Não faz mal, eu preciso ir — Jane disse e beijou a bochecha da legista — Eu venho te buscar mais tarde.
— Tudo bem — Recebeu um selinho e a viu sair da sala após se despedir de Hope que lhe sorriu — Sente-se Hope — Ofereceu enquanto pegava o copo com chá e seguiu para o sofá se sentando junto a ela.
[...]
— Os eletrônicos estão limpos — Rose disse.
— A casa também — Jane Respondeu.
— Não há nada de estranho no trabalho também — Frankie apoiou-se na masa enquanto a irmã organizava o quadro.
— Nenhum débido pendente em suas contas bancarias também, ele parece limpo — Korsak disse.
— Mas está morto, só duas coisas podem ter o colocado nessa situação, ou ele devia muito e soube como esconder, ou...
— Ou o que? — Rose perguntou curiosa.
— Pegaram o cara errado — Disse deixando os três pensativos com suas palavras.
— Se ele era o cara errado, então quem de fato a gente ta procurando? — Korsak perguntou — Ou melhor, quem o nosso assassino ta procurando?
— É isso o que a gente precisa descobrir — Frankie, analise os amigos da nossa vitíma com características mais parecidas com ele, se eram amigos certamente foram confundos, não esqueça de conferir os antecedentes.
— Ta legal — Disse e começou a trabalhar.
— Walsh, veja todas as câmeras de segurança disponíveis próximas ao local, antes horário e depois do horário da morte.
— Certo.
— Eu vou continuar pesquisando sobre nossa vitíma — Korsak disse e Jane afirmou.
— Tenho os exames — Maura disse adentrando a sala e se aproximou da esposa.
— Alguma coisa?
— Fora a diabetes, ele estava completamente limpo — Lhe entregou a pasta com os resultados.
— Nada?
— Não — Jane bufou em desgosto.
— Se continuarmos desse jeito, você tera nove filhos e eu ainda vou estar aqui procurando por um assassino de uma vítima completamente fora do padrão.
— Eu não vou ter nove filhos, achei que já tínhamos discutido isso.
— Foi modo de falar, Maura — Disse e Korsak riu da amiga, Maura apoiou-se na mesa cruzando os braços.
— Como assim vitíma fora do padrão?
— O cara está completamente limpo — Korsak respondeu — Sem drogas, ficha criminal ou antecedentes, não há nem mesmo um multa de trânsito, era o tipo de homem que todo mundo amava.
— E por que matariam alguém assim?
— Por ele ser entediante — Jane disse chateada e Korsak riu novamente — Estamos checando os amigos.
— Se ele era um cidadão modelo, ele não andaria com nenhum tipo de pessoa fora do que vive, é um fato inconsistente — A legista disse.
— Você bebe vinho na taça e é casada comigo que bebo a cerveja direto da garrafa.
— Mas temos o mesmo ciclo de amigos e colegas de trabalho, temos mais compatibilidade do que incompatibilidade.
— Ela têm razão — Korsak afirmou — Mas se ele não andava com pessoas fora da realidade ou ele não sabia quem eram de fato os amigos, ou os amigos tinham amigos errados — Exclareceu deixando a loira confusa e Jane afirmou entendendo aonde ele queria chegar.
[...]
Jane se jogou na cama e suspirou, logo teve o corpo da loira parcialmente sobre o seu e a abraçou beijando-a na testa, Maura acariciou seu colo lentamente e a olhou.
— Vou almoçar com a Hope amanhã.
— Isso é bom — Disse acariciando-a nas costas — Algum lugar especial?
— Não, nada além de um almoço — Escondeu o rosto em seu pescoço — Deveríamos fazer um piquenique.
— Um piquenique?
— Sim, são ao ar livre, o que faz bem, além de ser um programa romântico entre parceiros e muito bom pra fazer com a família e os amigos.
— Quer ir fazer no parque?
— Não, eu tenho um lugar em mente.
— Tudo bem, mas me deixe terminar o caso primeiro, quero focar toda minha atenção em você durante nosso piquenique — Maura afirmou e a beijou nos lábios lentamente.
— Tudo bem, mas depois disso, você não vai escapar de mim.
— Não é algo que eu costume querer fazer — Disse com um largo sorriso sendo prontamente retribuída.
— É algo que me agrada saber.
— E o que mais, além do piquenique, você vai querer fazer?
— Eu não sei — A acariciou na barriga — Caminhar um pouco, talvez.
— Acho que vai ser bom namorar ao ar livre um pouco — Maura riu juntando seus rostos e passou o nariz pela bochecha da morena, Jane beijou levemente na ponta do nariz e a acariciou no braço.
— Eu não vejo a hora de sairmos em lua de mel, gosto tanto de ficar assim com você por horas sem me preocupar com o fato do celular poder tocar a qualquer momento.
— Isso com certeza é algo que eu mal posso esperar pra fazer — Virou-se sobre ela fazendo-a sorrir — E poder passar horas beijando você.
— Eu não posso dizer que acharei ruim.
— Eu sei — Sorriu e beijou-lhe o lábio lentamente — Eu te amo.
— Eu te amo mais — A acariciou nas costas sendo beijada novamente — Em alguns dias faremos cinco meses de casadas — Mordeu o lábio ao ser beijada no pescoço e a abraçou com pernas e braços.
— E o que pensa em fazer?
— Não sei, tem algo em mente?
— Por mim a gente ficaria durante o dia inteiro no quarto — Maura riu beijando-a e sentindo-a agarrar seu lábio lentamente, Jane deslizou os dedos para dentro das pernas da loira e a acariciou fazendo-a suspirar.
Maura mordeu o lábio movendo-se em direção a ela e a beijou com desejo, segurando-a no pescoço sentindo a língua da detetive brincar com a sua enquanto dois dedos lhe penetravam, moveu-se contra ela sentindo-a ir a cada segundo mais rápido assim como gostava.
— Jane — Murmurrou manhosa e mordeu o lábio olhando-a nos olhos.
— Diz pra mim amor, você pode me dizer tudo — Murmurrou sugando seu lábio novamente, Maura a agarrou apertando-a e tremeu contra seu corpo e sorriu relaxando, então deu risada.
— O que foi?
— Nada, eu só estou imaginando como será quando eu estiver com os hormônios no auge, não sei se você conseguirá dar contar ou se eu darei conta de você — Voltou a rir, Jane riu de volta.
— Você não existe — A beijou com lentidão ficando sobre seu corpo levemente.
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