Tinha Que Ser Você — História

 

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Capítulo 22

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Maura abriu a porta de casa e entrou puxando as malas de Jane que veio logo atrás com duas caixas nas mãos.

— Você pode colocar lá no closet e amanhã nos arrumamos.

— Acha que vai caber no seu closet? — Perguntou trancando a porta após deixar as caixas no chão, Maura analisou as coisas e a encarou.

— Acha que não?

— Não sei amor, você tem bastante coisa lá, eu posso colocar em outro quarto.

— Claro que não, Jane, vamos levar isso lá pra cima e amanhã organizamos tudo após chegarmos do trabalho.

— Okay, hoje eu só quero tomar um banho e dormir, seu sofá não é tão confortável quanto parece.

— Você vive dormindo lá e dorme muito bem, não seja mentirosa — Disse pegando a caixa com os sapatos enquanto Jane já estava na metade das escadas com as malas.

Jane adentrou o quarto levando as malas para o closet, já tinha algumas coisas suas ali, já que sempre que dormia, deixava a roupa por usar uma peça diferente para ir trabalhar, Maura entrou logo em seguida.

— O que tem naquela outra caixa lá embaixo?

— Algumas fotos, minha bola de baseball autografada, mas isso pode ficar na caixa.

— Então você pode colocar no escritório — Disse separando a roupa que usaria pra trabalhar no dia seguinte, Jane a olhou confusa.

— Aqui tem um escritório?

— Sim, eu trabalho lá às vezes, não gosto muito — Disse olhando-a brevemente.

— Por que eu nunca soube disso?

— Porque os únicos cômodos da casa que te interessam além da cozinha é a sala e o nosso quarto.

— Okay você venceu — Disse fazendo-a rir — Eu vou levar a caixa para o seu escritório, me espera para o banho.

— Vou esperar no banheiro, então é bom não demorar — Disse colocando a roupa sobre a poltrona e separou o pijama de Jane, já que raramente a morena dormia nua, diferente dela que raramente dormia vestida.

[...]

Maura passou água no rosto e escutou o barulho de algo sendo posto sobre a pia, olhou para fora do Box, Jane que mexia em uma caixa.

— O que é isso?

— Cremes, shampoos, sabonetes, óleo corporal, essas coisas — Disse arrumando dentro do armário.

— Deixa isso pra amanhã, Jane, você dormiu pouco, precisa de um banho e descansar — Disse desligando a água e pegando o sabonete líquido colocando na esponja, Jane fechou o armário.

— Eu já terminei, não havia tanta coisa já que passo mais tempo aqui do que em casa, então parei de fazer compras.

— Você nunca comprou mais do que fast food e cerveja, às vezes comprava salgadinhos e amendoins.

— Engraçadinha — Disse adentrando o Box após se despir, Maura riu dando espaço pra ela ficar embaixo do chuveiro e foi abraçada pela cintura.

— Está com fome? Podemos desder e comer alguma coisa — Sugeriu passando a bucha pelo pescoço da morena e descendo até o colo.

— Não.

— Você não jantou — Disse sujando o nariz dela de espuma, Jane fez uma careta e tirou a espuma fazendo a loira sorrir.

— Eu posso esperar um pouquinho antes de sentir fome — Maura a olhou nos olhos enquanto a abraçava pelo pescoço.

— Sem sexo até você comer alguma coisa.

— Mais Maura — Suplicou tombando a cabeça para o lado — Estamos comemorando.

— Por isso mesmo, sem estar com os nutrientes necessários, você vai passar mal antes do primeiro orgasmo, ele deixa o corpo mais leve e ajuda a queimar calorias, você não tem calorias pra queimar — Jane suspirou dando-se por vencida.

— Okay, você venceu.

— Ótimo — Sorriu e lhe deu um selinho demorado antes de retomar o banho.

[...]

Jane tomou um gole do suco e olhou para Maura que estava atenta ao notebook.

— O que está fazendo?

— Respondendo e-mails enquanto você termina de comer — Disse sem olhá-la e mordeu o lábio.

— Pra quem é esse e-mail?

— Por que?

— Você mordeu o lábio enquanto estava respondendo — Disse com ciúmes e Maura a encarou.

— Não significa que é um homem ou mulher — Disse confusa — Não significa que é de conteúdo sexual.

— O que está usando por baixo desse roupão?

— É penhoar, robe ou quimono, roupão é de tecido de algodão, esse é feito com seda — Disse automaticamente enquanto digitava, levantou o olhar brevemente — E eu não estou usando nada.

— Eu já terminei de comer — Disse empurrando o notebook para fechá-lo, Maura lhe encarou enquanto o mantinha aberto.

— Deixe eu terminar esse, porque não sobe e me espera lá no quarto?

— Você vai demorar?

— Não.

— Então eu te espero aqui — Disse arrumando a pequena bagunça que havia feito, Maura franziu as sobrancelhas e voltou a digitar.

— Pronto, nós podemos ir — Disse levantando-se.

Jane sorriu animada e a puxou para cima, mas antes de Maura entrar no quarto Jane lhe parou e lhe pegou no colo, fazendo-a lhe olhar incrédula.

— Pra da sorte — Maura riu beijando levemente nos lábios.

— Você inventa cada coisa.

— Apenas coisas boas — A deitou na cama ficando sobre seu corpo e a beijou enquanto abria seu robe.

[...]

A luz do quarto foi apagada e apenas um abajur ficou ligado, Jane posicionou-se sobre Maura sugando sua língua lentamente enquanto sentia a loira lhe apertar na nuca e na cintura, seus corpos se movimentavam em ritmo lento fazendo-a ofegar.

Um gemido rouco e manhoso fugiu dos lábios de Maura ao sentir os dedos da morena lhe invadirem lentamente enquanto sua língua brincava com seu mamilo.

Os lábios de morena desceram até o clitóris inchado da loira e ela o sugou lentamente fazendo Maura gemer e morder os olhos, não tinha pressa alguma, só queria aproveitá-la com calma, até porque estavam consumando algo mais do que concreto, a união eterna das duas.

Os dedos de Maura lhe puxaram pra si, seus dedos deslizaram entre elas e então Jane gemeu sentindo-se ser penetrada, seus lábios se buscaram e seus corpos iniciaram uma sequência ritmada e lenta, aonde tentava dar o máximo de prazer a outra.

Os corpos já suavam, as respirações eram mais do que ofegantes e o orgasmo já parecia próximo.

Maura adentrou os cabelos de Jane que estavam pressos porém bagunçados e os puxou derramando-se em um orgasmo intenso enquanto ofegava sentindo Jane tremer sobre si.

Seus gemidos eram tão baixos que podiam serem confundidos com as respirações ofegantes e pesadas, Maura a abraçou com os braços e pernas, beijando-a levemente de maneira apaixonada.

Sendo apertada enquanto o corpo da morena deslizava por seu corpo, deixando rastros de beijos por sua pele até se alojar entre suas pernas e começar a prová-la.

[...]

Jane moveu-se sentindo um peso sobre si e viu Maura com parte do corpo sobre o seu, sorriu acariciando-a nas costas nuas e a abraçou um pouco mais, adoraria passar o dia inteiro ali, apenas nos braços da, agora, sua esposa.

Olhou para a aliança em seu dedo e sorriu, jamais se imaginou casada com Maura então, tudo era inusitado e bom, com Maura tudo sempre fora assim.

— Bom dia — A voz sonolenta de Maura lhe despertou de seus pensamentos.

— Bom dia, te acordei?

— Não — Disse recebendo um beijo nos lábios enquanto era abraçada um pouco mais pela detetive.

— Como dormiu?

— Muito bem — Disse sorrindo ao sentir os beijos por seu pescoço — O que está fazendo? — Perguntou finalmente abrindo os olhos ao ver a morena posicionando-se entre suas pernas.

— Estudos comprovam que sexo matinal deixam sua esposa feliz.

— Pensei que era bom por causa dos benefícios — Perguntou começando a chupá-la, fazendo-a ofegar enquanto mordia o lábio.

— Tem benefícios melhor do que deixar sua esposa feliz?

— Tem — Riu ao ver a cara da morena que parou o que fazia ficando sobre seu corpo e a beijou abraçando-a com as pernas e gemeu manhosa ao sentir o sexo de Jane junto ao seu, movendo-se lentamente.

— Por que não me diz que outros benefícios são esses?

— A gente vai se atrasar.

— Estamos em lua de mel — Sussurrou beijando-a nos lábios enquanto a acariciava lentamente, Maura abriu a boca em um gemido mudo a apertando na nuca.

— Jane — Sussurrou movendo-se contra a mão da morena e tremeu em um orgasmo apoiando a testa no ombro de Jane.

A detetive a beijou na bochecha e nos lábios, então levantou levando-a para o banheiro.