quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Tinha Que Ser Você — História

 

—§

Capítulo 23

—§

Jane encarou Maura que analisava entre a blusa com a saia ou o vestido que havia separado na noite anterior.

— Decidiu? — Perguntou fechando os botões da blusa.

— Não — Jane revirou os olhos e sentou colocando os sapatos.

— Eu vou te esperar lá embaixo, estou com fome.

— Faz meu café? — Pediu mostrando os dentes em um sorriso exagerado.

— Ta — Disse revirando os olhos sem ânimo fazendo a loira rir — Não demora — Disse beijando-a nos lábios.

— Tudo bem.

— Estou falando sério, Maura — Disse encarando-a séria.

Maura sorriu voltando a encarar as roupas, Jane desceu as escadas.

Ao entrar na cozinha começou a preparar seu café e o de Maura, serviu-se com uma grande caneca de café, suspirando satisfeita ao tomar um grande gole.

— Eu não tenho roupa — Maura disse entrando na cozinha, Jane a olhou e riu quase cuspindo o café, vendo a cara emburrada que a loira fez.

— Eu vou continuar te amando mesmo com o guarda-roupa sem estilo.

— Jane, eu estou falando sério — Disse virando o rosto enquanto sentia os beijos da morena em sua bochecha e os braços entorno de si.

— Eu também, você fica linda com essa... Coisa rosa com flores — Disse analisando o robe — E eu também vou te amar se você usar roupas repetidas.

— Falando nisso vamos sair e comprar roupas pra você.

— O que? Por que? — Perguntou encarando-a, Maura a abraçou pelo pescoço.

— Porque você precisa de roupas novas.

— Não preciso não.

— Precisa, eu também preciso de novas lingeries.

— Mais? — Perguntou incrédula, Maura revirou os olhos.

— Estamos falando de lingeries, Jane, além de tudo, você rasgou quatro.

— Só quatro?  — Perguntou chateada, Maura tentou segurar o riso mais não conseguiu — Eu preciso mudar isso.

— Vou procurar algo descente pra vestir e que não seja repetida — Disse se afastando.

— O café está pronto, não demore, Isles.

— Okay.

— Se demorar eu te deixo pra trás.

— Não vou demorar — Disse subindo as escadas.

[...]

— Vamos almoçar? — Jane perguntou adentrando a sala da loira horas depois.

— Eu não posso sair, estou esperando os resultados de uns testes — Respondeu sem tirar a atenção dos papéis.

— Pra quem?

— Um detetive de outro turno, Julians... Eu acho, eu não prestei atenção no nome que a Susie falou.

— Maur.

— O que? — A olhou vendo-a erguer a mão que segurava uma grande sacola de papel.

— Inaginei que estivesse ocupada.

— Você é a melhor esposa do mundo todinho — Aproximou-se abraçando-a pelo pescoço.

Jane lhe beijou lentamente, sugando-lhe o lábio enquanto a segurava na cintura e com a outra mão lhe apertava a bunda.

Suas línguas entrarem em sintonia e um gemido baixo escapou da loira que foi levada até o sofá, Jane soltou a sacola na mesa de centro e a ergueu, antes de sentar-se com ela nos braços.

Maura ofegou sentindo os lábios finos seguiram para seu pescoço e sorriu com a mordida que recebeu, a apertou na nuca voltando a beijá-la.

— Tem uma pausa a mais para o horário de almoço?

— Sim — Respondeu tendo o lábio mordido e foi deitada no sofá sentindo a saia ser erguida e a coxa apertada.

Jane passou a beijá-la novamente no pescoço enquanto a mão livre adentrava sua saia arrastando sua calcinha para o lado.

Os dedos longos da detetive lhe acariciaram por um tempo e dois deles deslizaram por seu canal quente pulsante enquanto voltavam a se beijar com fúria.

Maura gemeu contra a boca da morena e a apertou com força nas costas tremendo em um orgasmo, mas Jane não parou, queria vê-la completamente exausta e ofegante, completamente satisfeita e trêmula.

[...]

Maura sentou no sofá ao chegar em casa no início da noite e Jane se jogou de qualquer forma ao seu lado.

— Pensei que esse dia não fosse acabar.

— Não foi tão ruim — Jane a olhou incrédula.

— Eu tive que correr por quase uma hora atrás de um suspeito e ainda estou sentindo cheiro de suor em mim.

— Então melhor subir para tomar um banho, podemos ver um filme depois.

— E pedir pizza?

— Comemos pizza há alguns dias, posso fazer algo mais saudável e rápido.

— Okay, eu aceito — Disse levantando — Não quer tomar banho comigo?

— Não, eu vou adiantar o jantar e quando você terminar o banho, eu subo para tomar o meu.

— Tudo bem, eu não demoro.

— Está bem — Disse vendo-a subir as escadas e seguiu para a cozinha.

— Boa noite Maura.

— Boa noite Angela — Disse sorrindo largamente — Pensei que não tivesse em casa.

— Eu acabei de chegar e a Jane?

— Subiu pra tomar banho — Disse pegando algumas coisas para preparar o jantar.

— Vocês estão bem?

— Sim Angela, por que a pergunta?

— Nada demais — Disse apoiando-se no balcão — Fez o convite para ela vir morar aqui? — Perguntou curiosa.

— Sim e ontem trouxemos as coisas dela pra cá.

— Deve ser por isso que não as escutei chegar, provavelmente voltaram tarde.

— Sim, o caso estava difícil, por sorte eles conseguiram parar o assassino a tempo — Disse terminando os preparos do jantar.

— Que bela aliança.

— Sim, a Jane me deu após nosso jantar do outro dia — Disse sorrindo largamente e Angela sorriu.

— Quando podemos marcar o casamento? — Perguntou curiosa e animada, Maura derrubou a panela que por sorte estava vazia.

— Casamento? — Limpou a garganta pegando a panela do chão — Vamos deixar a Jane falar sobre isso — A olhou — Você me ajuda com o jantar? — Tentou mudar de assunto.

— Claro — Disse indo lavar as mãos.

[...]

Jane chegou na cozinha vendo Maura e Angela preparando o jantar.

— Oi ma.

— Oi Jane — Disse sorrindo — Estava falando com a Maura sobre casamentos, o que pensa sobre isso? — Perguntou como quem não queria nada, Maura a olhou.

— O que o Thonny acha do assunto? Era esse o nome dele não era? — Perguntou sentando-se e apoiando-se no balcão como quem também não queria nada.

— Não, não é esse o nome dele, principalmente por eu não ter dito — Disse batendo o pano de prato no braço da morena, Maura riu negando com a cabeça.

— Prova.

— Não é nada maluco, é? — Perguntou inclinando-se pra trás, Maura revirou os olhos segurando a colher em frente a sua boca.

— Prova, você vai gostar.

— Se eu morrer, eu não quero que você faça a autópsia — Maura riu e Jane abriu a boca pegando o molho da colher vendo o olhar de loira que lhe olhava atenção e expectativa, mas desanimou ao ver a careta da morena.

— Não está bom?

— Não — Disse séria — Ta muito bom — Maura começou a lhe bater, Angela riu da filha tentando desviar.

— Ai! Maura, Maura — Reclamou colocando os braços na frente das mãos da loira.

— Você me assustou — Disse parando os tapas e ficando séria, Jane lhe puxou para si, beijando-a na bochecha e canto da boca enquanto a abraçava.

— Era brincadeira — A beijou na boca brevemente — Eu amo você — Sussurrou na orelha dela, Maura lhe acariciou o braço sorrindo enquanto apoiava o queixo no ombro da detetive.

— Amo você mais — Sussurrou de volta.

Angela as olhou sorrindo e levou a atenção as panelas ficando de costas para as duas.

[...]

Jane olhou para Angela que falava sobre o filme que viam, mas não entendeu bem ao que ela se referia, já que a única coisa a qual observava minutos antes era o sorriso de Maura para o que a matriarca da família Rizzoli dizia.

Seus olhos voltaram para a legista que estava sentada ao seu lado, às vezes se perguntava como não havia se apaixonado antes, Maura era encantadora até mesmo em seus mínimos detalhes, desde seu cérebro bem dotado, até suas ruginhas que se formava quando abria um sorriso.

Maura a olhou ainda sorrindo fazendo-a perder-se em seus olhos claros, era tão fácil perder-se olhando pra eles, como se o mundo paresse e tudo o que via era a maneira que seus olhos fechavam-se sutilmente enquanto seus olhos sorriam junto aos seus lábios.

A legista voltou a olhar para Angela e riu, uma gargalhada que para Jane foi completamente muda, mas que lhe fez sorrir mesmo sem poder ouvir o som.

— Jane? — Maura lhe chamou ainda sorrindo.

— O que? — Perguntou ainda voltando a si, a loira riu.

— Seu celular.

— O meu celular?

— Você está bem? Suas pupilas estão dilatadas e a sua respiração ofegante.

— Bem? Sim, estou — Disse meio atrapalhada, Angela riu da filha, escutaram novamente o celular tocar, Jane levantou-se indo até o balcão da cozinha.

— Está aqui — Maura disse pegando o aparelho sobre a mesa de centro, Jane voltou para perto dela e o pegou de sua mão sorrindo de canto.

— Rizzoli — Maura a olhou estranhando seu semblante sério.

— Jane, o que houve?

— Meu apartamento — Disse ao desligar — Um incêndio no meu apartamento — Disse pegando o casaco e as chaves, Maura se levantou junto a Angela seguindo-a para foram de casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Adbox

Nota da Autora

author Eu não me responsabilizo por nada do que você vai ler aqui



Tradutor

PlayList