quinta-feira, 17 de outubro de 2024

A Sogra — História

 Capitúlo 13

Assim que o carro atravessou os grandes portões da propriedade Priestly e parou em frente a casa, Andrea saltou para fora junto as gêmeas que não paravam de falar sobre assuntos que Andrea já nem mesmo entendia, estava em dúvida se estavam falando sobre filmes ou sobre livros que deveriam virar filme, ou de filmes que deveriam ter o livro, tinha se perdido no meio do assunto, principalmente quando perdeu-se olhando para Miranda algumas vezes e se recondando da pequena conversa que tiveram, dos toques e dos olhares, queria saber o porque de ser intenso, de ansiar um beijo, ansiar o sexo e principalmente o cheiro, céus, o cheiro, por que tinha que ser tão cheirosa?

— Inferno de mulher — Pensou irritada enquanto adentrava a grande casa ou melhor, a mansão.

— Eu gosto desse, mas não tanto, o que você acha, Andy? — Caroline perguntou olhando para cima.

— O que disse querida?

— Vocês farão a cabeça da Andrea explodir — Nigel disse rindo.

— Meninas, deem um descanso para Andrea — Miranda disse passando as mãos nos cabelos bagunçado-os e fazendo o ventre de Andrea contrair, deveria ser maravilhoso puxa-los enquanto estivesse a beira do orgasmo.

— Droga, droga, droga, não pense Andrea Sachs, não pense — Pensou.

— Subam para o banho, logo iremos jantar.

— Céus, a voz rouca — Sua língua deslizou entre os lábios, o som rouco certamente era ainda mais excitante enquanto ela estivesse em êxtase a poucos centímetros do orgasmo, quando havia ficar tão pervertida e sedenta por sexo? A resposta veio em forma de lembranças, quando escutou a voz rouca pela primeira vez e logo o olhar sobre si.

— Andy?

— Hãm? — Olhou para baixo fazendo as gêmeas rirem.

— Nos ajuda no banho?

— Claro, sim — Disse tentando não pensar em Miranda, principalmente da maneira que estava pensando, subiu com as gêmeas que voltavam a tagarelar, mas dessa vez ela fez o máximo para prestar atenção no que era dito, precisava não pensar em Miranda.

.§.

Miranda desceu as escadas e seguiu para a sala vendo as gêmeas junto a Andrea e Nate, analisou a morena que usava um vestido colado ao corpo diferente dos outros esse destacava perfeitamente suas curvas, a maquiagem era leve como sempre e os cabelos estavam soltos levemente ondulados.

— Onde está Nigel?

— Ele estava em uma ligação, creio que foi para o jardim — Andrea lhe respondeu com um sorriso sutil nos lábios, Miranda afirmou com um maneio de cabeça sentando-se em frente aos dois, tentando evitar o desconforto que a mão de Nate na cintura de Andrea lhe causava.

— Resolveu seus assuntos de trabalho?

— Sim, não era nada grave — Disse sorrindo — E como foram esses dias?

— Tranquilos, nada de relevante ou anormal, como tem que ser.

— Espero que não tenha assustado, a Andy, mamãe.

— Ela continua querendo fazer parte da família, se é o que quer saber.

— Só que não é mais com sua nora — Pensou repreendo-se em seguida, mas despertou com um beijo na bochecha e moveu sentindo-se desconfortavél, ato notado Miranda.

— Fico feliz — Disse sorrindo largamente.

— Olha mamãe — Cassidy mostrou um desenho que havia colorido — A Andy quem desenhou.

— É muito bonito querida — Disse acariciando-a no queixo.

— Olha o meu — Caroline disse mostrando o dela, Miranda a olhou surpresa.

— Não são iguais.

— Não bobinha — Cassidy disse com um largo nos lábios — A Andy disse que seria mais legal se fosse diferente.

— E foi mais legal?

— Sim — Disseram juntas, Miranda riu.

— Eu vou ver se o Nigel terminou a ligação — Disse levantando e saindo da sala.

Ao chegar ao jardim viu Nigel desligar o celular, ele a olhou com a sobrancelha erguida.

— Algum problema?

— Não temos tanta sorte com romances e amores — Disse colocando o celular na bolsa.

— O que houve?

— Alan conheceu alguém.

— E terminou por telefone? Isso é inaceitável.

— Isso é o que ele faz, liga dizendo que quer terminar, que não gosta da ideia de passarmos um mês separados, também por telefone se declarou dizendo que estava apaixonado e que não imaginava uma vida onde eu não estivesse.

— Uma perca de tempo — Disse com os braços cruzados.

— Eu sei, mas não podemos fazer muito, apenas seguimos em frente, não ficamos mal por amores inexistentes, não temos amores — Miranda encarou os próprios pés — Ao menos não tínhamos, como será?

— Ao que se refere?

— Você sabe ao que me refiro, Miranda.

— Se for a quem está dentro dessa casa, não há um como será, Nigel, não há um passar por cima dos sentimentos do meu filho, não há nada a ser dito também.

— Se você prefere assim, a escolha é sua.

— Sim, eu prefiro — Disse incerta, Nigel afirmou com um maneio de cabeça e a incentivou a adentrar a casa.

— Cass, Caro, vão lavar as mãos parar irmos jantar — Disse vendo as duas sentadas no tapete com Andrea, enquanto Nate não tinha uma feição muito boa, afinal de contas estava sendo deixado de lado pela namorada.

As gêmeas passaram pela mãe em direção ao banheiro e os quatro seguiram para a sala de jantar, a mesa já estava posta, sentaram-se esperando pelas gêmeas que não demoraram a aparecer e sentarem-se.

O silêncio reinava pelo ambiente, Miranda tinha o pensamento distante, Cassidy e Caroline estavam atentas aos seus pratos, mas hora ou outra conversavam entre si sobre os filmes queria ver no dia seguinte ou nas brincadeiras que poderiam fazer no jardim, se poderiam ir ao lago ou ficarem na piscina.

Nigel e Nate também não falavam nada e Andrea pensava em sua vida, em seus planos e em seus sentimentos, estava colocando na balança o que sentia por simplesmente estar ao lado de Miranda e o que sentia estando com Nate, a resposta foi assustadora ao notar que tudo o que a mais velha lhe fazia sentir não chegar a uma grama do que Nate lhe fez sentir em meses de relacionamento, prometera a seus amigos que sairia daquela relação se não se sentisse confortável, mas ela não se sentia desconfortável, na verdade não sentia absolutamente nada, estava anestesiada, tudo parecia vazia, por um instante sentiu-se vazia, mas só precisou levantar o olhar para que se sentisse transbordar, os olhos azuis estavam lhe observando, não sabia se era algo comum que Miranda fazia, mas acreditou que sim, já que ninguém lhe olhava de maneira interrogativa.

Os olhos pareciam ainda mais azuis do que o normal, tão azul como o céu a noite, tão intensos que pareciam despi-la assim como na primeira vez que estivera de frente a eles, tão hipnotizantes como nenhum outro jamais fora, seu corpo parecia em chamas, seu ar parecia querer fugir de seu peito e a única coisa que ela queria era ir até lá, lhe sentir tocar pontos que ninguém sabia que lhe causava prazer, que nem mesmo ela conhecia, um limpar de garganta lhe fez voltar a si, Miranda desviou o olhar para Nigel que não precisou dizer nada para que a editora entendesse, mas para Andrea havia sido uma incógnita que não ousara perguntar como desifrar, depois disso Miranda não voltou a olha-la.

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