quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Tinha Que Ser Você — História

    

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Capítulo 35

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Jane apertou Maura um pouco mais no abraço e a loira suspirou enquanto deitava a cabeça em seu ombro, um filme passava na televisão.

— Aonde ta a Angela?

— Acho que saiu com a Hope pra ver alguma coisa da festa ou algo assim, ou ía com o namorado jantar, eu não faço ideia — Maura sorriu negando e a acariciou na barriga.

— Ainda bem que vocês conseguiram resolver o caso e Josh voltou pra casa bem, apesar de tudo.

— Sim e nós resolvemos o caso, cérebro incrível — A beijou na testa.

— E nós estamos em casa...Apenas nós duas... Sozinhas — Jane reprimiu o sorriso e a olhou.

— É, nós estamos, o que é ótimo, porque assim conseguimos ver o filme com calma — Disse voltando a assistir, Maura bufou e encarou a tela a frente também.

— Jane...

— Hm? — Disse sentindo-a descer lentamente a mão — Deveríamos pedir pizza.

— Ta bem — Disse beijando-a no queixo — Você disse que a gente faria aquelas coisas que você aprendeu, lembra? — Mordeu o lábio encarando-a.

— E você quer fazer agora? No meio do filme?

— Ótimo, fica com seu filme — Disse e afastou-se cruzando os braços, Jane riu puxando-a para si e a colocou sentado em seu colo beijando-a no canto da boca.

— Estou brincando, Maur, eu dou tudo o que você quiser — Maura sorriu juntando seus lábios.

— Tudo?

— Absolutamente — A beijou lentamente, segurando seu rosto e investindo em sua boca com a língua.

Maura a segurou nos braços antes de descer as mãos até a barra de sua blusa puxando-a para cima e a livrando da peça.

Voltaram a se beijar com desejo, Jane a apertou nos cabelos puxando-os e sorriu ao escutá-la arfar, sugou e mordeu seu lábio sentindo-a apalpar seus seios, Maura atacou sua boca com a língua, tomando o controle do beijo.

Era uma coisa intensa e voraz, suas cabeças moviam-se em sincronia e o ar começava a fugir de seus corpos, Jane abriu o botão de sua calça colocando a mão dentro dela e passou a beijá-la no pescoço, sentindo-a jogar a cabeça para o lado e gemer manhosa.

Maura tremeu ao sentir os dedos tocarem seu clitóris e mordeu o lábio movendo-se de encontro a eles e voltou a beijá-la.

— Você vai adorar o que eu e Hope encontramos, Maura, nós... — Disse entrando na sala, parando de falar ao ver como as duas estavam.

Maura e Jane as olharam assustadas e loira corou violentamente, Angela e Hope de encararam.

— Acho que a gente deveria... Bom — Hope tentou dizer enquanto Jane vestia a blusa e Maura levantava arrumando a calça e os cabelos.

— Desculpa, nós não... Não sabíamos que estavam chegando.

— A casa é sua querida, não se preocupe.

— O que trouxeram? — Mudou rapidamente de assunto indo buscar um pouco ďagua na cozinha.

— Oh sim — Angela lembrou e sorriu animada, colocou as sacolas sobre a mesa — Hope e eu fomos até um buffet que nos foi muito bem recomendado e pedimos algumas amostras de doces e salgados, assim como do bolo e advinha.

— Eles... Deram as amostras? — Disse confusa e Jane riu.

— Eles fazem o bolo com glace de café que você queria, Hope me ajudou a escolher os salgados e os doces.

— Angela disse que você queria o vestido de seda acetinada, eu tenho uma amiga que trabalha com noivas, ficamos de ir lá na próxima semana.

— Tão rápido? — Jane perguntou sentando-se a mesa e puxando a loira pra sentar em seu colo.

— Angela disse que vocês tem pressa.

— Ela que tem pressa com medo que a gente mude de ideia.

— Não seria a primeira vez que você faz isso — Alfinetou a filha e terminou de tirar as amostras das sacolas — Eu também trouxe os cardápios com opções de jantar.

— Isso parece delicioso — Disse pegando um salgado e mordeu um pedaço, então colocou na boca de Jane.

[...]

Quando todas as comidas foram escolhidas, Angela e Hope anotaram e Jane beijou o pescoço da loira que sorriu abraçando-a pelo pescoço.

— O que preferem para o jantar? — Hope perguntou — Tem uma variedade de pratos, vai do mediterrâneo, a francesa, italiana, caribenha.

— Eu gosto de francesa.

— Eu não vou comer lesmas — Jane disse e Maura a encarou.

— São escargots, não lesmas.

— São lesmas, Maura, eu tenho certeza de que servem vivas — A loira negou sorrindo.

— Eles tem Cappelletti, mas que tal se escolhermos uma coisa como... Paella ou... — Ficou pensativa.

— Pizza, todo mundo adora pizza.

— Eu diria um salmão grelhado com limão — Gemeu em satisfação e recebeu um selinho — De sobremesa poderíamos ter dacquoise.

— Eu comeria até azeitonas ao molho por você.

— Então será escargots.

— Isso nem se você me pedisse pra provar meu amor por você — Maura riu.

— Aonde vai ser a festa?

— Aqui no jardim, não queremos nada estravagante e serão apenas os mais íntimos — Jane respondeu a Hope —Nada de parentes que sumiram a mais de mil anos ou nada do tipo.

— São parentes, Jane — Angela a repreendeu.

— Que nunca ligaram nem pra saber se eu ainda estou viva trabalhando na polícia, se é que sabem desse fato, então não, eles não serão convidados, eu não faço a menor questão e a lista de convidados será feita por mim e pela Maura, Angela Rizzoli, isso se você quiser que tenha festa — Disse quando ela preparou para protestar — Maura e eu não estamos fazendo tanta questão dela.

— Você é insuportável quando quer.

— Eu sei — Disse abraçando a loira.

[...]

— Estou contente com meu bolo com glace de café — Maura disse ao sair do banheiro e entrar embaixo das cobertas,  Jane a abraçou pela cintura beijando-a no canto da boca.

— Eu estou feliz por você conseguir seu bolo — Maura acariciou seu pescoço e orelha vendo-a com os olhos fechados.

— Está bem cansada, não é?

— Sim, esse último caso foi intenso e longo.

— Eu sei — A beijou na bochecha e a abraçou, acariciando-a na nuca, Jane abriu os olhos e suspirou.

— Você quer conversar?

— Não, pode dormir — Jane cruzou suas pernas e a olhou nos olhos.

— Você pode falar — A acariciou no pescoço — Qualquer coisa.

— Eu sei — Sorriu e juntou suas testas — Amo você.

— Amo você mais — Lhe deu um selinho demorado seguido de mais dois e acariciou suas costas lentamente.

Maura lhe beijou no queixo e fechou os olhos sentindo um carinho nos cabelos, logo sentiu a respiração pesada da morena.

A legista ficou ali por alguns minutos e então se levantou, vestiu o robe e calçou as sandálias, então desceu, ao chegar na cozinha viu Angela debruçada sobre a ilha.

— Também não consegue dormir?

— É, acho que essas coisas sobre casamento tem deixado minha mente em alerta — Sorriu de canto e pegou uma caneca no armário, assim como pegou um sachê de chá.

— Não é por causa da Hope?

— Não, acredito que não — Disse deixando a chaleira sobre o fogão, o acendendo.

— Querida, está tudo bem?

— Acho que estou assustada, sabe... Com tudo o que aconteceu nas últimas semanas, os atentados contra a Jane, os dias que ela ficou longe de casa, tenho medo de acordar em algum momento no meio da noite e ela não está aqui, assim como tenho medo de que ela não volte pra casa no final do dia, não sei como controlar esse medo.

— Eu não posso te dizer que esse medo vai passar, ele não passa — Acariciou sua mão — Mas temos que ter fé de que tudo ficará bem — Maura afirmou encarando o nada e suspirou, Angela sorriu de canto — Já pensou em alguma outra coisa para o casamento? Eu estou cheia de ideias — Mudou de assunto para animá-la.

— Na verdade não, mas eu queria que isso fosse em um dia específico.

— Claro, nós podemos providenciar isso — Sorriu.

— Obrigada — Disse e sorriu — Não apenas por estar organizando nosso casamento, mas por tudo, principalmente pela Jane.

— Ela me deu um pouco de trabalho, mas fico feliz em tê-la — Maura riu e a abraçou, deitando a cabeça em seu ombro.

Angela a apertou no abraço lhe acariciando nas costas.

— Tudo vai ficar bem — Disse e a loira afirmou.

[...]

Jane adentrou o elevador junto a Maura e a puxou pra perto, a beijou nos lábios e encarando-a.

— Eu estou aqui se quiser falar.

— Eu sei — Disse acariciando-a nos ombros e aproximou-se um pouco mais, Jane sorriu de canto analisando sua feição.

— Eu amo você demais, sabia? — Disse e Maura encarou seus olhos — Claro, eu te trocaria por um jogador de baseball multimilionário — Brincou e a legista sorriu.

— Qualquer um?

— Qualquer um, quanto mais rico, melhor — Disse apoiando-se na parede da cabine, Maura brincou com a gola de sua blusa — A gente pode fazer alguma coisa essa noite, além de transar até pegar no sono.

— Eu... Jane, eu... — Suspirou e antes que a morena pudesse dizer algo, as portas do elevador se abriram.

— Bom dia garotas — Frankie disse ao entrar no elevador junto a Frost, Jane revirou os olhos.

— Bom dia rapazes — Maura respondeu e encarou a morena que lhe acariava a cintura e tinha a atenção voltada para si.

Jane a beijou no canto da boca sem deixar de encarar seus olhos, Maura se manteve neutra até ela repetir uma quarta vez, então sorriu dando-lhe um selinho demorado.

As portas do elevador se abriram novamente e Jane lhe beijou demoradamente.

— Amo você.

— Amo você mais — Respondeu e a observou sair junto aos outros dois.

A loira divagou por um segundo e antes que as portas se fechassem a loira colocou a mão as impedindo.

— Jane! — A chamou e a morena a olhou voltando a se aproximar.

— O que aconteceu?

— Eu estou com medo — Admitiu — Eu estou morrendo de medo desde que aquilo tudo aconteceu e eu... Eu não quero perder você — Disse com os olhos marejados, a morena entrou no elevador junto a ela e a abraçou, beijando-a na testa e a olhou nos olhos, segurando seu rosto.

— Vai ficar tudo bem, Maur, nós temos uma vinda muito longa pra vivermos juntas e mesmo que algum maluco tente impedir isso, não vai acontecer, okay? Eu sempre vou voltar pra você e a gente vai envelhecer juntas, você vai se cansar de mim — Sorriu e a beijou demoradamente — Eu sou sua e ninguém vai me tirar de você e se tentarem, eu pego minha arma e atiro nele.

— Promete?

— Eu prometo — A acariciou na bochecha.

— Eu amo você.

— Eu amo você mais, cérebro incrível — Sorriu fazendo-a sorrir e voltou a beijá-la, agora com mais paixão.

Maura a abraçou pela cintura sentindo-a penetrar sua boca com a língua e se permitiu viver aquilo, se permitiu senti-la.

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