terça-feira, 10 de setembro de 2024

Tinha QueSer Você — História

—§

Capítulo 19

—§

Maura segurou a nuca de Jane que lhe beijava o pescoço e suspirou sentindo uma leve mordida, sorriu em meio ao suspiro e sentiu a detetive lhe beijar nos lábios.

— Nossa comida vai chegar a qualquer momento e a gente ainda está nua no chão da cozinha — Jane riu beijando-a nos lábios novamente e levantou ajudando-a a levantar.

— Ainda bem que a ma saiu ou ela pegaria você querendo me devorar — Disse vestindo a blusa.

— Eu querendo te devorar, Rizzoli? Você quem estava por cima de mim.

— Isso foi depois de você me morder — Disse fechando alguns botões da blusa — Como uma vampira super sexy — Maura negou com os olhos semi-cerrados e recebeu um selinho enquanto vestia o robe, escutaram o som da campainha.

— Deve ser o entregador.

— Eu vou pegar o jantar — Maura afirmou terminando de abrir a garrafa de vinho e serviu duas taças.

Colocou os pratos sobre o balcão, escutando a morena conversar algo com o entregador e pegou os talheres.

Jane voltou para a cozinha após fechar a porta e começou a tirar a comida de dentro da sacola.

— O cheiro está muito bom — Jane disse.

— Sim, muito bom.

— Eu vou ao banheiro, não demoro.

— Tudo bem — Disse servindo-as e tomou um gole do vinho, logo a morena estavade volta, sentaram-se a mesa e começaram a comer entre olhares e sorrisos ladinos.

[...]

Jane abraçou Maura melhor, a loira tinha as pernas sobre a sua e parte do corpo apoiado no seu, quase sentada em seu colo enquanto bebiam o vinho tranquilamente.

— O que achou do vinho?

— Não é ruim, mas eu ainda prefiro minha cerveja — Maura sorriu revirando os olhos.

— Eu imaginei que sim.

— O que achou do nosso jantar em casa? — Perguntou, ainda estava chateada com o ocorrido da noite, Maura colocou a taça na mesa de centro e voltou a apoiar-se em seu corpo.

— Sabe que eu não me importo se jantamos em casa ou no restaurante — Jane curvou-se colocando a taça junto a outra e logo arrumou a postura acariciando-a na coxa.

— Eu sei, mais gostaria que tivesse sido diferente.

— Foi diferente — Disse brincando com a blusa dela e a olhou nos olhos — Eu nunca fui pedida para me retirar de um restaurante antes — Jane bufou irritada e Maura sorriu — Mas fico feliz que tenha sido com você ao meu lado, nós vamos encontrar restaurantes que mereçam nossa presença, que respeitem nossas escolhas e que apreciem nosso amor.

— Você é tão incrível, sabia? — Perguntou acariciando-a na bochecha e Maura sorriu recebendo um selinho.

— Sabe, eu estou curiosa.

— Sobre o que? — Perguntou beijando-a na clavícula, não era um beijo erótico, era apenas carinhoso.

Maura virou o corpo mexendo embaixo das almofadas e pegou a caixa de veludo vermelho, pequena.

— Sobre isso aqui e nem adianta falar que é da Angela, eu peguei dentro do seu blazer.

— Como achou?

— Eu senti a elevação em seu blazer quando o tirei e quando você foi ao banheiro, eu vim confirmar minhas suspeitas, mas não abri, apenas peguei — Jane pegou a caixa da mão da loira e abriu mostrando as alianças, eram peças de ouro bastante delicadas e nem muito finas ou grossas.

— Não é um pedido de casamento, ainda não — Disse olhando dentro dos olhos verdes — Comprei pra oficializar nosso namoro, mas se você quiser, eu te considero minha noiva ou minha mulher — Maura sentiu um sorriso involuntário se formar em seus lábios.

— E se eu quiser que seja um pedido de casamento? — Jane arrumou-se virando-se melhor para ela, ficando de frente, com as pernas da loira ainda sobre as suas.

— Depois que brigamos por causa daquilo e ficamos longe por eu não querer um casamento agora, eu percebi que tudo o que eu quero é me casar com você, Maura, tudo o que eu quero é você — A voz rouca saía como um sussurro — Então... — Tirou a aliança de dentro da pequena caixa e segurou a mão da legista — Maura Dorothea Isles, você quer se casar comigo? — Maura a olhou estática com a boca abrindo e fechando, quando se referiu ao casamento estava brincando, mas agora era real, Jane a estava pedindo em casamento.

— Jane... — Sorriu emocionada — Céus, Jane, é claro que eu aceito, eu sempre direi sim a você — Jane colocou a aliança em seu dedo e a beijou lentamente, sem segundas intenções, havia apenas amor ali.

Lentamente sugou o lábio da legista sentindo o gosto do vinho e se afastou ofegante juntando suas testas.

— Deveríamos ir agora mesmo a algum cartório ou minha mãe vai querer fazer uma festa — Maura riu.

— Não tem nenhum cartório aberto a essa hora, acho que já se passaram dás dez.

— Eu espero até amanhã — Maura voltou a beija-la ainda rindo e sentiu a morena deitar sobre si.

Então a abraçou, retribuindo todo amor que havia naquele beijo, Jane emanava amor e ela estava feliz por recebe-lo e retribui-lo.

[...]

Maura acariciou os cabelos de Jane que estavam espalhados por seu peito enquanto assistiam um filme, o vinho da taça havia acabado, mas nenhuma queria sair dos braços da outra para pegar mais.

— Quando contaremos sobre o noivado?

— Podemos fazer isso quando estivermos casadas — Disse levantando a cabeça.

— Sua mãe não vai gostar da notícia.

— O mínimo que ela vai fazer é programa uma festa com um mestre de cerimônias pra que a gente se case na frente dela e depois começar a pensar no nome dos netos — Maura arregalou os olhos.

— Netos? Assim? É cedo demais pra filhos, Jane.

— Eu sei amor, não quero até que você esteja preparada — Disse beijando-a no queixo.

— Sabe, eu estava pensando em te chamar pra morar comigo quando saímos pra jantar essa noite.

— Não quer mais que eu venha?

— Claro que sim, mas eu não preciso mais fazer o convite já que você me pediu em casamento.

— Eu venho depois do casamento.

— Ou poderia vir amanhã — Disse sorrindo.

— Pensei que nos casariamos amanhã, é só assinar um papel, não é? Fazemos isso vinte ou quinze minutos, talvez menos do que isso.

— A Angela vai nos matar.

— Eu protejo você — Disse beijando-a nos lábios enquanto se arrumava sobre ela, Maura a abraçou pelo pescoço sorrindo.

— Eu acho bom detetive ou ficará viúva cedo demais.

— Jamais, eu tenho que te amar e te beijar, assim como fazer amor com você várias vezes ainda — Disse sugando o lábio da legista enquanto apertando-a na coxa e na cintura.

Jane encaixou-se entre as pernas da loira, mas foi interrompida de intensificar as investidas do beijo por causa do celular, suspirou frustrada e o pegou da mesa de centro.

— Rizzoli — Disse e olhou para Maura — Eu estou indo — Afastou-se da loira — Ela está comigo, eu aviso a ela.

— O que aconteceu? — Perguntou ao vê-la desligar.

— Temos um caso.

— Eu vou me trocar.

— Tudo bem — Saiu de cima do corpo da loira que seguiu para o andar de cima.

[...]

Jane desceu do carro junto a Maura, as duas atravessaram a faixa amarela e adentraram a grande construção vendo as pessoas sentadas ainda em choque enquanto os corpos estavam no chão.

Os policiais impediam que se aproximassem dos corpos enquanto Frankie e Rose coletavam informações e relatos do acontecimento.

— O que houve? — Jane perguntou para Korsak que interrogava o gerente do lugar, o homem ficou pálido ao ver a morena, Korsak a olhou vendo-a com a feição séria.

— Três homens com capuz entraram aqui há pouco mais de uma hora.

— Vítimas?

— Graham Hill, 40 anos, candidato a ministro — Disse olhando o bloco de notas — Sara Philips, 35 anos, banqueira e Charles Nolan, 45 anos, empresário, todos com grandes cargos.

— Mais alguém?

— Dois seguranças e três garçons, todos já foram levados para o hospital, um segurança e um garçom em estado mais grave, mas eles não quiseram matar os outro cinco, apenas tirar do caminho, vieram sabendo quem matar, senão ninguém havia saído vivo daqui.

— Aonde está Frost?

— Checando as câmeras de segurança.

— A perícia já começou o trabalho?

— Sim e Frankie junto a Rose  estão colhendo os depoimentos.

— Tudo bem, já o do senhor... — Olhou para o homem a sua frente sentado na cadeira — Como se chama?

— J-Jordan Huston — Gaguejou.

— Exatamente, do senhor Huston, eu quero colher as informações pessoalmente, espero que esteja pronto para todas as perguntas e eu também aconselho que chame o seu advogado — Disse com a voz ainda mais rouca, saindo deixando-o para trás meio apavorado — Vou conversar com a Walsh — Korsak afirmou e olhou para o homem.

— Seja lá o que aprontou, saiba que foi com a detetive errada — Disse fazendo o homem engolir a seco — Eu vou chamar um policial para te acompanhar até o departamento — Disse saindo.

[...]

Korsak olhou para Jane que estava distraída encarando o quadro, ela suspirou passando a mão nos cabelos.

— Algo que eu deva saber sobre o motivo de ter se irritado com Jordan Huston? — Jane o olhou e aproximou-se apoiando a mão na mesa.

— Preciso que abra uma ocorrência pra mim.

— Contra quem? — Perguntou confuso.

— Jordan Huston, por conduta preconceituosa e difamação.

— Jane, o que está acontecendo?

— Eu levei Maura para jantar essa noite, fomos aos Palace Italia e aquele sujeito, pediu nos mandou ir embora por causa que eu peguei a mão da Maura, — Disse irritada — Ele nos expulsou do restaurante por eu pegar apenas na mão dela, Korsak e ainda afirmou que nossa conduta estava inapropriada, quando ninguém além dele nos olhava ou estava incomodado com a nossa presença.

— Você não fez nenhuma besteira, não é?

— Não, eu apenas fui embora com a Maura, logo após isso,

— Menos mal.

— Pode fazer isso por mim? Eu iria resolver isso amanhã, mas já que estamos aqui — Perguntou com os olhos suplicantes.

— Sim, eu vou fazer a ocorrência antes de irmos fazer o interrogatório.

— Obrigada — Disse dando um sorriso de canto, Korsak sorriu de volta e seguiu para a mesa começando a preparar a ocorrência.

[...]

Maura apoiou o queixo na mão enquanto analisava as amostras, estava esperando o resultado médicos e os exames toxicológicos, assim como de sangue, escutou o som do telefone em sua sala e seguiu até lá estranhando o horário.

— Isles.

— Maura — Maura franziu a testa a voz não era desconhecida, pensou um pouco.

— Edward?

— Sim.

— Posso ajudar em alguma coisa? — Perguntou surpresa e confessa.

— Poderíamos nos encontrar? Não acho seguro falar por telefone.

— Você está em Boston?

— Sim, poderia ir encontra-la?

— Claro, eu estou no departamento da homicídios.

— Certo, eu chego em alguns minutos.

— Está bem — Disse preocupada e desligou sentando-se em sua cadeira imaginando o motivo de Edward lhe procurar após tantos anos.

— Doutora Isles.

— Sim Susie? — Perguntou olhando-a.

— Os exames toxicológicos, de sangue e logística chegaram — Disse aproximando-se da mesa e entregando a pasta.

— Obrigada, acharam algo sobre o o tecido seco retirado do pescoço das vítimas?

— Ainda estamos analisando.

— Traga-me quando terminar, por favor.

— Claro doutora, com licença — Maura afirmou começando a ler os relatórios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Adbox

Nota da Autora

author Eu não me responsabilizo por nada do que você vai ler aqui



Tradutor

PlayList