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Capítulo 26
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Maura sentou na cadeira após colocar o refratário de vidro na mesa e Jane sorriu amplamente.
— Lasanha — Disse animada.
— Ia fazer uma coisa mais saudável como verduras ao vapor e uma carne assada, mas Angela disse que era melhor fazer lasanha a bolonhesa.
— Lasanha é saudável, Maura — A loira revirou os olhos enquanto Angela lhe servia.
— Como acharam essa tal moça? — A Rizzoli mais velha perguntou ao entregar o prato para a filha.
— Um homicídio nos levou a primeira pista, foi quase um mês depois do incêndio, Frost conseguiu uma gravação, depois conseguimos rastros.
— Eu não entendo qual o problema de ser a segunda, essa moça tinha algum distúrbio?
— A mente humana é difícil de ser analisada por causa da sua mudança constante, nem sempre a mente é instável, principalmente de pessoas com tendências psicopatas — Maura disse tomando um gole de vinho — Ela pode ter tido uma infância difícil e isso influenciou em seu desenvolvimento adulto.
— Os pais deveriam se preocupar melhor com os filhos, dar mais atenção — Angela disse incrédula — Não é apenas colocar no mundo e deixar que a criança se crie, é cuidar, educar, amar, ainda bem que o Tommy tomou juizo, Frankie será um bom pai, ele é responsável e a Jane tem você, Maura.
— O que quer dizer com isso? — Jane perguntou contrariada — Eu tenho muito juízo e sou muito responsável.
— Eu sei, acho que é a que mais tem dos três e a mais responsável, mas me refiro a Maura ser educada, culta, boa pessoa.
— Okay, a filha perfeita — Maura riu do drama.
— Você tem que entender que eu faço parte da sua família antes mesmo de estarmos juntas como um casal, amor.
— Adota ela, ma, coloca Rizzoli na certidão da Maura.
— Vou deixar isso pra você — Disse comendo distraída — E sobre o casamento? Já resolveram? Você estão juntas a quase nove meses — Perguntou olhando-as, Maura olhou para Jane.
— Maura e eu estamos pensando, talvez esperemos mais, estamos pensando em viajar.
— Eu quero netos, Jane, eu mal vejo o TJ, principalmente o Tommy e a Lydia querendo ir para Washington.
— Nós estamos conversando sobre isso, mas não podemos simplesmente pensar e ter um bebê aqui — Angela a olhou emburrada.
— Tudo pra você é difícil quando eu peço — Maura riu.
[...]
— Sua mãe quer mesmo um neto — Maura disse puxando os lençóis da cama e deitando após tirar o robe.
— Sempre foi assim, mas ela está mais empenhada de que eu tenha um filho seu, do que se empenhou para que eu tivesse filho com qualquer outra pessoa, acho que é pra eu nunca separar de você ou, ao menos, ter uma desculpa pra te ver caso a gente se separe.
— Você pretende se separar de mim? — Perguntou vendo-a sair do banheiro.
— Jamais, mas é a mente da minha mãe, amor, ela pensa em todas as possibilidades, mesmo que a maioria não aconteça — Jane deitou ao lado dela olhando-a com atenção.
— Hope me ligou há alguns dias.
— E o que ela queria?
— Dizer que gostaria de tomar um café — Jane lhe acariciou na bochecha.
— E você aceitou?
— Disse que estava preocupada com você, então retornaria para avisar sobre minha decisão.
— Acho que deveria ir, se não quiser ir a outro lugar com ela, vocês podem ficar aqui, vocês duas já sofreram muito, Maura e você tem duas mães que se importam, três por que minha mãe não é apenas sua sogra e já deixou isso bem claro — Maura riu do revirar de olhos da morena — Além de tudo você tem a mim pra proteger você com o que eu puder.
— Tudo bem, eu vou aceitar o convite dela.
— Eu fico muito orgulhosa de você — Disse beijando-a no queixo — E estava morrendo de saudade — A beijou no canto da boca — De te beijar — Sussurrou fazendo Maura sorrir — Te de abraçar — A puxou para perto — De te ver dormindo, eu estou viciada em você, Maura Rizzoli-Isles, como se você fosse um entorpecente, nicotina ou heroína, não importa, eu só sei que quero me viciar ainda mais em você.
— Eu também senti saudades, amor — Jane lhe beijou levemente nos lábios, sugando-lhe o lábio levemente antes de passar a língua por ele, iniciando um beijo lento e ficando sobre seu corpo.
[...]
— Bom dia Jane — Angela disse abrindo a porta da cozinha.
— Bom dia ma.
— E a Maura?
— Dormindo — Disse indo até o balcão para arrumar o que faltava na bandeja.
— Estão comemorando algo?
— Sim — Disse sorrindo enquanto ajeitava o prato com ovos mexidos e bacon.
— Isso tem haver com a aliança de vocês? — Perguntou sugestiva servindo-se com café, Jane a olhou.
— São apenas alianças ma.
— Que vocês usam na mão esquerda? Pediu a Maura em casamento? — Jane revirou os olhos sabendo que ela não desistiria.
— Okay ma, você venceu, era pra ser uma aliança de compromisso, mas acabou que eu pedi a Maura em casamento, satisfeita?
— Não fale assim comigo que eu ainda sou sua mãe, Jane Clementine Rizzoli — Disse séria e logo deu um largo sorriso animada — Já pensaram onde será o casamento? Os convidados? E o bolo? — Segurou a xícara com duas mãos — São tantas coisas, precisamos ver a data, o cerimonialista, os vestidos.
— Eu não uso vestido, não sempre.
— Ta — Revirou os olhos — Mas eu quem vou escolher sua calça — Jane revirou os olhos — Eu tenho que começar a fazer a lista, talvez as mães da Maura possam ajudar.
— Elas não sabem sobre mim e a Maura, ma.
— Como se isso chegasse a ser uma novidade — Bufou em deboche e tomou um gole de café, Jane pegou a bandeja.
— Eu vou subir pra acordá-la, nada de ir para o quarto, Angela Rizzoli.
— Ta — Disse contrariada — Não demorem, temos que pensar nos detalhes da festa, eu preciso de uma data.
— Deus, mulher, respire — Disse saindo da cozinha e seguiu para o andar de cima.
[...]
Jane deixou a bandeja no divã com cuidado e aproximou-se da cama beijando as costas nuas de Maura que estava agarrada ao travesseiro, sorriu ao escutar o murmúrio da loira.
— Hora de acordar senhora Rizzoli — Sussurrou beijando-a no ombro e lhe acariciou nos fios loiros que estava espalhado pela cama.
— Que horas são?
— Sete talvez — Maura virou segurando o lençol para cobrir o corpo nu, mesmo que não tivessem transado a noite anterior, ela não mudou o costume de dormir nua.
Jane não reclamava, na verdade adorava abraçar o corpo nu da loira durante a noite, Maura analisou o corpo da morena.
— Saiu pra correr?
— Sim, mas já faz um tempo, não corri muito, fui até a loja de flores e voltei pra dar tempo de te acordar — Mordeu os lábios olhando para os olhos claros — Trouxe o café da manhã — Disse indo busca a bandeja, Maura se sentou puxando o lençol para cima e prendendo-o embaixo dos braços enquanto Jane voltava para a cama deixando a bandeja sobre seu colo.
— Gosto dessa Jane romântica.
— Apenas quero agradar você, principalmente depois das últimas semanas — Aproximou-se beijando-a nos lábios levemente, quando pensou em se afastar Maura a segurou na nuca intensificando o beijo.
— Você conseguiu com êxito — Sussurrou contra os lábios da detetive, sugando seu lábio inferior.
— Fico feliz com isso — Disse sorrindo enquanto lhe dava um selinho e sentou — Agora come, vai precisar de energia para o dia de hoje.
— Por que? Já ligaram do departamento? — Perguntou tomando um gole de café.
— Minha mãe descobriu o noivado — Fez aspas — Está lá embaixo fazendo listas de convidados e todas essas coisas de casamento — Maura riu.
— Pelo menos não teremos trabalho com a festa.
— Provavelmente nem com o bebê, eu só queria ir viajar e quando voltar, resolvermos sobre o bebê, mas não, ela tem que inventar uma festa — Maura passou a língua entre os lábios enquanto sorria.
— Acho que você vai precisar de mais energia do que eu.
— Não duvido disso — Maura colocou um pouco de ovos mexidos em sua boca — Ela está querendo pedir ajuda pra Hope e Constance, mas eu disse que elas não sabem que estamos juntas.
— E o que ela disse?
— Que não é novidade estarmos juntas — Maura riu negando lavando a xícara a boca.
— De certa forma ela tem razão, acho que demoramos muito pra notar enquanto todo mundo achava que éramos um casal, só nós duas achávamos que não havia essa possibilidade além de levarmos na brincadeira.
— Eu já analisava seus decotes — Disse e colocou a xícara em frente a boca — E sua bela bunda — Maura a olhou incrédula e riu.
— Você é terrível, Jane Rizzoli-Isles.
— Não pode me julgar por você ser uma tremenda gostosa.
— Jane! — Disse corando enquanto sorria, Jane riu beijando-a nos lábios.
— Eu amo você.
— Eu amo você mais — A segurou na nuca intensificando o beijo.
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