———§———
Capítulo 27
———§———
— Bom dia Angela — Maura disse adentrando a cozinha com a bandeja nas mãos.
— Bom dia Maura — Disse atenta ao papel onde escrevia.
— O que faz ai? — Perguntou curiosa enquanto tirava a louça da bandeja e colocava na lava-louças.
— Uma lista.
— Vai fazer compras? — Maura a olhou parando o que fazia.
— Não — Maura deu de ombros voltando a atenção para as louças — Qual flor você prefere? — Perguntou soltando a caneta e olhando para a loira que fechou a lava-louça e virou apoiando-se na pia.
— Leucanthemum vulgare — Angela a olhou confusa — Margarida, também conhecida como mal-me-quer — Disse sorrindo em um curvar de lábios — Seu ciclo vital dura mais de um ano e é da família das compostas, a mesma do crisântemo, da dália e do girassol.
— Qual cor prefere? — Jane adentrou a cozinha.
— O que estão fazendo?
— O planejamento da festa de casamento de vocês.
— Eu pensei que apenas estava curiosa em saber qual flor eu gostava — Maura disse olhando para a matriarca da família Rizzoli, Jane riu.
— Qual a cor?
— Gosto das roxo pervinca.
— Ela gosta das roxas.
— Não é roxo, não diretamente — Disse encarando a morena — É um lavanda mais escuro, digamos que... Cento e sessenta por cento.
— Estava pensando em pedir ajuda para suas mães, o que acha? — Angela perguntou.
— Constance certamente não poderá ajudá-la enquanto a Hope, não somos íntimas, além de tudo nenhuma das duas sabem de mim e da Jane.
— Vocês com essa mania de acharem que ninguém percebeu ainda — Disse voltando a sua lista, Jane segurou o riso encarando a loira que sorriu pra ela.
[...]
Korsak assim como Frost, Frankie e Rose olharam para Jane que sorria para o celular enquanto lia a mensagem, ela e Maura hora ou outra trocavam mensagens já que não podiam ficarem na sala da legista aos beijos.
Já estavam no trabalho a quase duas horas, mas trocavam mensagens desde que se despediram no elevador.
— Isso é estranho.
— Muito estranho — Frost completou, Korsak apenas riu enquanto Jane os olhou confusa.
— O que?
— Você rindo pro telefone — Frankie disse encarando-a — Vocês passaram a noite transando, é isso? — Fez careta ao imaginar.
— Não, mas hoje nós vamos e espero que a noite inteira e boa parte da manhã de amanhã — Rose riu encarando a feição de Frankie e Frost.
— Você é minha irmã e a Maura é como se fosse uma, é nojento imaginar vocês...
— Você pensa isso agora, não é? Já que não pode mais beijá-la, porque quando pode não pensou duas vezes, muito menos no quase irmã — Disse encarando-o.
— Foi apenas uma vez.
— E continuará ou jamais poderá ter filhos, isso se você continuar vivo.
— Eu concordo com ele, vocês são quase minhas irmãs — Frost disse.
— Não estou mandando vocês imaginarem absolutamente nada, estão fazendo isso por serem depravados e parem imediatamente de imaginar minha mulher nua antes que não possam mais imaginar nada — Jogou um lápis neles que desviaram enquanto Rose e Korsak riam.
[...]
Maura encarou os papéis atentamente, eram resultados de uma necropsia feita por Kent, ele havia ido junto a outros detetives resolver sobre um crime na noite anterior e havia cuidado de tudo.
Já que Maura não havia ido ao trabalho e lhe deixou junto a Susie no comando, batidas foram dadas na porta e logo ela foi aberta.
— Doutora Isles?
— Sim?
— Chegaram para a senhorita — Kent disse adentrando a sala com um grande buquê de flores, Maura o encarou com a sobrancelha franzida em desconfiança.
— Kent...
— Wow! Não fui eu — Disse ao entender o olhar questionador que recebeu da loira — Um entregador acabou de trazer, tem um cartão — Maura pegou desconfiada.
Kent havia flertado com ela logo quando chegou ali, além de seus olharem quais Jane percebeu e ficou possessa de ciúmes.
— Obrigada.
— Sempre as ordens — Sorriu antes de sair fechando a porta.
Maura encarou as flores e as cheirou pegando o cartão entre elas, realmente esperava que não fosse mais um flerte de seu subordinado, pois depois de logos dias longe da esposa o que menos queria era uma briga.
Um sorriso brotou em seus lábios por pensar na frase sua esposa, era gostoso de pronunciar, principalmente quando Jane era a esposa, mordeu o lábio negando e voltou a atenção as flores, as cheirou novamente suspirando em seguida e as colocou sobre a mesa após pegar o cartão.
┍"A cada dia que eu acordo ao seu lado, a cada minuto que eu te olho, eu sinto que não poderia ter escolhido ninguém melhor pra compartilhar a vida, eu amo você, Maur, amo a vida que estamos construindo sendo mais que amigas, feliz um mês de casadas.
Rizzoli.
Ps. Temos um jantar às oito, estarei te esperando na sala de casa."┑
Maura novamente sorriu, Jane Rizzoli parecia irreal, principalmente ao mostrar seu lado romântico, mas ela não tinha o porque reclamar, amava o jeito da morena e elas mereciam uma noite apenas delas.
Não estavam comemorando apenas um mês de casadas, estavam comemorando o fim de um pesadelo que demorou dias pra passar, levantou-se indo em busca de um vaso para suas flores sentindo que não poderia estar mais feliz.
[...]
Jane suspirou e olhou o relógio, já era a quinta vez consecutiva que o fazia, porém as horas não pareciam passar, Korsak levantou o olhar quando a morena resmungou algo que ele não pode ouvir.
— Você está bem, Jane?
— Sim — Disse mexendo nos cabelos enquanto sorria em um curvar de lábios — Muito bem.
— Eu te conheço.
— Okay, eu preciso contar isso pra alguém, mas você precisa me prometer que não vai dizer nada a minha mãe, nem confirmar ou especular, ou qualquer coisa que afirme caso ela pergunte.
— Você está me preocupando — Jane aproximou-se da mesa dele.
— Maura e eu nós casamos no cartório — Sussurou e Korsak a olhou surpreso.
— Quando?
— Quando fui morar com ela, hoje completamos um mês e eu reservei uma cabana na saída da cidade onde passaremos a noite, com uma comida leve da maneira que ela gosta, mas não sei se ela vai gostar.
— É claro que vai, Jane.
— Não é muito a cara da Maura, com certeza ela iria para o parque... Alguma coisa ou um resort que servem escargots com caviar — Korsak riu — E lá não terá nada disso.
— Não se preocupe com isso, Maura irá gostar não pelo lugar, mas sim pela companhia — Jane sorriu envergonhada.
— Obrigada Korsak — O acariciou na mão e retomou a postura — Nada de tocar nesse assunto... Com ninguém, principalmente com o Frankie, ele é fofoqueiro — Korsak afirmou voltando a rir e Jane sentou-se novamente em seu lugar.
[...]
Maura analisou os dedos de Jane que batucavam o volante em sinal de nervosismo e levantou os olhos claros para o rosto da morena.
— Por que está nervosa?
— Não estou, estou... Ansiosa.
— E por que?
— Não faça tantas perguntas Maura — Disse e mordeu o lábio.
— Tudo bem.
— Okay, já que você insiste — Maura riu — Quero que leve um peça de roupa extra.
— Sapatos também?
— Provavelmente, nós passaremos a noite fora.
— Está bem — Afirmou brevemente com um maneio de cabeça — E onde dormiremos? — Jane sorriu olhando-a brevemente.
— Você saberá quando chegarmos lá.
— Tudo bem, mas no próximo mês eu quem irei fazer a surpresa — Disse decidida.
— Como quiser, Maura Dorothea Rizzoli-Isles — Maura sorriu e mordeu os lábios sentindo a morena pegar sua mão e beijar.
— É tão estranho ser chamada com seu sobrenome.
— Acho bom se acostumar, assim que minha mãe preparar nossa festa de casamento, você será chamada de doutora Isles por poucas pessoas.
— Ainda estou surpresa por você estar deixado com que ela prepare uma festa de casamento pra nós duas — Jane deu de ombros.
— Não deixaria como se fosse o caso da primeira tentativa dela, mas já somos casadas, então deixe que ela se distraía, quem sabe não descobrimos o nome do namorado dela antes da festa.
— E onde passaremos nossa lua de mel?
— Onde você quiser, eu não me importo com o lugar, contanto que seja com você — Disse beijando-a no dorso da mão, Maura sorriu olhando-a.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.