———§———
Capítulo 3
———§———
Angela encarou Lydia que chorava ao lado da mãe quando Maura e Jane adentraram a casa.
— O que ta acontecendo aqui?
— Ela quer levar o TJ — Tommy disse agarrado ao bebê.
— Ela está no direito dela, é a mãe — A mãe de Lydia disse.
— Você o abandonou — Esbravejou com Lydia.
— Okay — Jane disse acabando com a discussão — Tommy entrega o TJ pra ela, Lydia é uma irresponsável, mas é a mãe do bebê e você precisa arrumar um trabalho para sustentá-los, pois nós não somos babá do seu filho e Lydia, a próxima vez que você deixá-lo, eu prendo você por abandono, fui clara? — Disse séria, a loira mais nova afirmou secando o rosto — E tratem de conversar e resolver a vida do TJ, ele não é um boneco.
— Eu concordo plenamente — Angela concordou.
— Por que não jantamos amanhã para que os dois se resolvam? — Maura propôs enquanto Lydia pegava o filho nos braços.
— Acho uma ótima ideia — Tommy disse sorrindo.
— Tommy, acho bom sair amanhã mesmo pra conseguir um emprego — Angela disse seria após Lydia ir embora.
— Eu concordo — Jane disse recebendo um tapa de Maura que estava sentada ao seu lado.
— Eu vou tomar um banho e descansar, vocês me cansam — Angela disse saindo.
— Eu vou dar uma volta — Tommy disse sumindo logo em seguida.
[...]
O silêncio reinou na sala durante longos minutos, Maura sentia Jane brincar com seus dedos completamente distraída, a morena respirou fundo.
— Eu acho que já vou.
— Por que não dorme aqui?
— Porque eu já dormi ontem e estamos indo com calma — Disse olhando-a.
— Podemos indo com calma com você dormindo aqui — Jane sorriu.
— Já tive controle demais pra um dia.
— O que quer dizer com isso? — Perguntou confusa.
— Nada — Disse rapidamente e Maura a olhou desconfiada — Eu já vou indo — Maura a puxou para si beijando-a lentamente.
— Fica mais um pouquinho.
— Pouquinho quanto?
— Um pouquinho — Sorriu voltando a beijá-la, Jane a segurou na nuca intensificando o beijo.
Suas línguas começaram uma briga lenta por controle enquanto suas cabeças se moviam ao ritmo do beijo, afastaram-se quando seus pulmões precisaram de ar.
Jane desceu os beijos para seu pescoço, mordendo-lhe levemente, fazendo-a arrepiar, a legista voltou a atacar o lábio da morena que a apertou contra seu corpo enquanto ficava sobre ela.
Maura não conseguia lembrar a última vez que sentiu-se tão desejada por alguém e não havia, aquela havia sido a primeira vez em todos aqueles anos.
— Eu preciso ir agora, por mais que eu queira ficar — Disse contra os lábios carnudos da loira e os sugou lentamente
— Tudo bem, até amanhã — Maura sussurrou olhando-a nos olhos e mordendo os lábios em seguida.
— Até amanhã.
— Eu te levo até a porta — Disse levantando, Jane repetiu o ato e logo chegaram na porta, beijaram-se mais uma vez e a detetive se foi.
[...]
Frost jogou-se na cadeira e respirou fundo.
— Esse assassino foi cuidadoso, não há nada onde nós procuramos.
— Conseguiram algo na casa? — Jane perguntou olhando-a.
— Não, assim como não achamos no escritório, tudo está limpo — Korsak disse girando a cadeira de um lado ao outro.
— Deve ter algo que deixamos passar — Disse mordendo a caneta — Acho que deveríamos procurar novamente, no apartamento, no escritório, abrir a pa.... — Frost e Korsak se olharam confusos e se olharam — Nos não olhamos atrás dos quadros — Disse olhando-os.
— Vamos voltar para o apartamento — Korsak disse levantando, Jane o acompanhou.
— Vou avisar a Maura.
— Eu vou... — Frost disse confuso.
— Vai com o Korsak — Ele afirmou e Jane seguiu para o elevador oposto.
Assim que chegou no andar da necrópsia, passou os olhos pelo local e viu Maura encarando a tela do notebook.
— Precisamos ir a casa da vítima — Maura levantou o olhar — Preciso de mais duas pessoas da equipe para irem.
— Tudo bem, aconteceu alguma coisa?
— Vamos analisar novamente o local.
— Me refiro a você, não a cena do crime — Disse cruzando os braços, Jane desceu o olhar para o belo decote da loira e rapidamente desviou o olhar.
— N-nada de errado comigo, eu... — Apontou pra trás, voltando a olhar para o decote — E-eu...
— Me espera lá encima?
— É, te espero lá... — Bateu na mesa enquanto caminhava pra trás — Encima — Forçou um sorriso e saiu a passos rápidos, Maura sorriu negando e começou a organizar os papéis.
[...]
Maura analisou as duas pessoas da sua equipe retirarem o quadro da parede, a loira começou a analisá-lo.
— Pelo jeito não fomos os únicos a pensar na parede.
— O que achou?
— A pintura está parcialmente fora do quarto — Disse a Korsak — Ou ele trocou a moldura recentemente ou escondia algo aqui.
— Como o que? — Jane perguntou.
— Um cartão de memória talvez, pois um pen-drive seria grande demais para caber aqui, mas mesmo assim eu vou analisá-lo melhor no laboratório, possa ser que eu encontre algo — Deu sinal para que levassem o quadro — Mais algum lugar?
— Eu pensei em analisar o roda pé das janelas e paredes — Jane disse olhando em volta — Precisamos pegar esse cara de uma vez por todas — Maura olhou em volta e uma pedra fora do lugar na lareira lhe chamou a atenção, caminhou até lá e abaixou retirando a pedra com um pouco de dificuldade.
— Não era um cartão de memória.
— Como... — Parou de falar ao ver Maura segurando o pen-drive — Mais se o pen-drive está ai o que estava no quadro?
— Talvez o assassino pensou que poderia estar lá — Frost disse.
— Ou tem mais desses por aqui, Korsak chame mais peritos, não saímos daqui até vistoriar cada canto dessa casa, Frost, volte para o departamento com Maura e analise o pen-drive, Maura me avise qualquer coisa que achar — Maura afirmou e saiu junto a Frost.
[...]
Após horas na casa vasculhando cada canto, encontrando mais quatro pen-drives e um cartão de memória.
Jane entrou na sala de monitoramento, vendo Frost analisando algumas imagens.
— O que achou nas gravações?
— Nada muito relevante na verdade, apenas imagens do trabalho e da casa dele, pelo jeito ele era bem paranóico.
— Não tanto, já que foi assassinado — Disse analisando a tela — Apareceu alguém nessas gravações junto a ele?
— Apenas a esposa e um homem, ele aparece em várias.
— Alguma coisa?
— Nada.
— Volta um pouco — Jane disse encarando a tela — Aí! Agora deixe rodar o vídeo e aumenta um pouco mais o volume — Ficaram em silêncio vendo o vídeo.
— Acho que você vão gostar de saber que a digital que eu encontrei no quadro é de Madalene Cuper e Joseph Blatter — Maura disse entrando na sala e parou ao ver o vídeo, Korsak e Jane se olharam.
— Pegamos nossos criminosos — Korsak disse e Jane sorriu.
— Vamos pegá-los.
— Jane — Maura a chamou fazendo-a parar — Não esqueça o jantar — Jane fez uma careta.
— Preciso mesmo ir?
— Sim.
— Ta — Bufou e saiu junto a Korsak e Frost.
[...]
Maura sentou ao lado de Jane e encolheu as pernas, sentiu a morena lhe abraçar pela cintura e apoiou a cabeça no ombro da detetive.
— Foi um bom jantar.
— É, não foi tão ruim — A olhou e lhe deu um beijo na ponta do nariz fazendo-a sorriu.
— Pensei que seria estranho, mas eu gosto.
— Dos jantares?
— De estar assim com você — A olhou nos olhos.
— Eu também gosto de estar assim com você — A acariciou na bochecha e a beijou lentamente.
Maura suspirou ao ter seu lábio sugado e os abriu para receber a língua da morena, Jane adentrou os fios loiros com os dedos e os puxou levemente.
Maura a apertou na cintura completamente entregue ao momento junto a Jane, afastaram-se quando o ar se foi de seus corpos, a morena ainda sugou seu lábio lentamente e juntou suas testas.
— Você é a melhor coisa que me aconteceu, Maur — Disse com a voz mais rouca que o normal, a legista sorriu lhe acariciando na bochecha.
— Você é a melhor coisa que me aconteceu também, Jane — Sussurrou e lhe deu um selinho demorado, então os roçou e o mordiscou apertando-a na nuca.
Jane voltou a atacar sua boca, havia fome e desejo, além de uma paixão tão arrebatadora que lhe fazia querer permanecer ali, exatamente ali aonde estavam, nós braços uma da outra.
Jane se deitou puxando-a para deitar junto ao seu corpo e a abraçou voltando a beijá-la e ali permaneceram, por toda a noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.