Capitúlo 10
Andrea estava jogada no chão da sala entre Cassidy e Caroline, enquanto Miranda e Nigel estavam sentados em sofás diferentes, Patrícia estava com a cabeça deitada nas pernas de Cassidy que lhe acariciava distraidamente.
— Podemos fazer um jogo.
— Que jogo? — Andrea perguntou olhando para Caroline.
— Não sei.
— Que tal fazermos um jogo de perguntas e respostas? — Nigel sugeriu e Miranda o encarou — Podemos colocar nome de frutas e objetos.
— Eu sou a juíza — Cassidy disse.
— E eu vou ser dupla do tio Nigel, mamãe fica com a Andy.
— Eu vou buscar as folhas — Cassidy disse correndo para fora da sala.
— Cass, não corra — Miranda a repreendeu.
— Andy senta lá com a mamãe.
— Isso vai ser divertido — Nigel disse olhando para Miranda que revirou os olhos.
— Pronto, eu escrevo os nomes.
— Mas o que vai ser primeiro? — Caroline perguntou.
— Que tal Frutas? — Andrea sugeriu e Cassidy começou a escrever os nomes no post-it.
— Peguem um cartão e colem na testa — Cassidy disse ao entregar, cada um colocou na testa.
— Quem começa?
— Cara ou coroa — Cassidy respondeu a irmã.
— Qual vocês escolhem? — Nigel perguntou tirando uma moeda do bolso.
— Coroa — Miranda disse e Nigel jogou a moeda.
— Coroa — Revirou os olhos e Andrea riu.
— Trinta segundos pra responder, são cinco pistas, se acertar continua e se errar passamos para a outra equipe responder — Cassidy ditou as regras e Andrea lhe entrou o celular com o cronômetro — Você adivinha primeiro mamãe — Miranda revirou os olhos — Já.
— É verde.
— Uva?
— Acertou — Disse sorrindo, Miranda mudou o papel da testa.
— Da em cachos.
— Banana?
— Branco por dentro.
— Coco — Miranda afirmou e Andrea mudou a fruta, torceu o lábio — Com sementes.
— Maracujá?
— Rosa.
— Romã?
— Sim.
— Vermelho.
— Maçã? — Miranda negou.
— Acabou o tempo — Nigel gritou fazendo Andrea rir.
— Suculento.
— Jambo?
— Derente na boca.
— Você? — Pensou e apertou as pernas com o pensamento — Controle-se Andrea.
— Morango.
— Sim — Disse olhando-a nos olhos.
— Amarelo.
— Maracujá?
— Sim.
— Acabou o tempo, pode começar tio Nigel — Disse anotando os pontos.
— Pequeno.
— Amora? — Caroline disse e fez um high-five com Nigel e mudou o papel da testa — Vermelho.
— Maçã.
— Amarelo.
— Melão?
— Coroa.
— Abacaxi — Gritou desesperada e Andrea riu.
— Vermelho.
— Jambo?
— Pequeno.
— Pitanga.
— Isso ai — Disse animado.
— Laranja.
— Mexerica? — Caroline afirmou.
— Acabou o tempo.
.§.
Após a brincadeira na sala com as meninas, os quatro jantaram e foram cada um para o quarto, Andrea tomou um longo banho e desceu para ver o jardim, ele era simplesmente lindo a noite, seu celular tocou e ela viu que era Lily, atendeu prontamente.
— Oi Lily.
— Você ta bem?
— Sim, por incrível que pareça.
— Seu namorado não está sendo um idiota com você, ta? Porque eu sou capaz de ir até ai e acabar com ele.
— Nate não está aqui, foi ontem para Nova York, assuntos de trabalho.
— Isso explica a voz, ela tá ótima — Doug disse fazendo Andrea rir.
— Pensei que não estivesse de nenhum lado.
— A Lily me convenceu a ir para o lado dela e Andy não a queira como inimiga, ela fez uma propaganda tão boa falando mal do Nate que se ela se elegesse a deputada ou presidente já teria meu voto — Andrea riu novamente.
— Como está tudo ai? Conseguiu agradar a sogra?
— A Miranda é incrível, gente, ela é uma ótima ouvinte e não me faz parecer tosca a cada coisa que eu digo, rimos muito nesses dois dias, eu não sei, mesmo me sentindo a vontade, ainda sento as mãos suarem, a barriga gelar — Disse caminhando pelo jardim.
— Alguém se apaixonou pela sogra — Doug provocou.
— Não seja maluco.
— Por um lado eu concordo com o Doug, o Nate nunca deu tanta importância para o que você sentia em relação aos planos ou a nós dois, nem mesmo para seus pais, ele parou de te ouvir quando conseguiu te convencer a namorar com ele, Andy, eu não acho que esse relacionamento seja produtivo pra você.
— O amigo da Miranda disse o mesmo, claro que não com essas palavras, mas disse.
— Só promete pra mim que vai sair disso se achar que não sente nada por ele e que ele não te apoia.
— É Andy, promete pra gente.
— Eu prometo gente, mas em relação a gostar dela, é claro que gosto, ela se mostrou uma pessoa incrível, mas gostar no teor sexual, eu não sei, principalmente por eu nunca ter me interessado por mulher alguma e por conhecê-la a tão pouco tempo.
— Quanto tempo seus pais se apaixonaram pedidamente e toda a história da carochinha mesmo? — Doug perguntou fazendo Andrea revirar os olhos.
— Okay, eu já entendi — Seus olhos se ergueram vendo Miranda distraída na sacada de seu quarto, a mais velha não havia lhe visto, parecia pensativa, Andrea desviou o olhar e suspirou.
— Acha que pode estar interessada nela?
— Eu não sei, é loucura sabe? Mas ao mesmo tempo não, se levarmos em conta tudo isso e a história dos meus pais, só que eu não sou eles.
— Eu sei disso e sei também que o mimadinho, não te merece — Lily disse, não fazia questão de fingir gostar de Nate — Acho que até a tia Claire agradeceria por te ver com uma mulher no lugar de continuar com ele.
— Não exagere — Disse mexendo em algumas flores que estava no jardim.
— Ela não ta, se quiser nós perguntamos, ela não vai nem desconfiar que você quer fazer parte do vale.
— Não precisa perguntar nada, principalmente você que é completamente discreto — Disse rindo.
— Eu sou muito discreto.
— Em qualquer coisa, exceto nisso.
— Ela tem razão — Lily disse.
— Vocês são péssimas amigas.
— Só falamos a verdade, mas gente, eu tenho que ir, falamos amanhã, boa noite.
— Boa noite Andy.
— Fica com a mãe, não com o filho — Doug gritou e ela riu antes de desligar, Andrea adentrou a casa e seguiu para a cozinha, serviu-se com um copo com água e respirou fundo pensando no que os amigos haviam dito e tinha raiva por ter que admitir que eles estavam certos, não por causa deles, mais por causa das circunstâncias, sua atenção foi voltada para a porta da cozinha ao ver Miranda adentrar o cômodo em um fino pijama de seda negro, cabelos bagunçados, mas tão charmosos que ela se perguntou como a mais velha podia ser tão linda daquela maneira, pode ver os mamilos marcados na roupa já que o robe estava aberto, involuntariamente mordeu os lábios, seu ventre contraiu ao pensar como seria toca-la com as mãos e a boca.
— Sem sono? — A voz de Miranda lhe despertou fazendo-a corar violentamente.
— Na verdade eu falava ao telefone.
— Com Natanael?
— Não, na verdade ele não me ligou desde que foi para Nova York — Miranda afirmou e prendeu o ar ao ver o pijama minúsculo que Andrea vestida por baixo do pequeno robe.
— Ele provavelmente estava ocupado com o trabalho.
— É, provavelmente — Disse sem ânimo e deixou o copo na pia — Eu vou dormir, boa noite.
— Boa noite — Disse sem olha-la.
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