quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Tinha Que Ser Você — História

   

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Capítulo 32

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Hope olhou para Maura um pouco sem jeito.

— Desculpa vir sem avisar, estava por perto e resolvi convidar você para um café.

— Não, está tudo bem, eu... — Disse olhando para o relógio — Tenho um tempo — Hope sorriu em um curvar de lábios e observou a legista arrumar a bagunça de papéis que estava sobre a mesa.

— Com licença doutora — Suzie disse  ao chegar na porta.

— Sim Suzie?

— Os resultados das amostras de terra — Maura pegou a pasta e abriu.

— Obrigada.

— Podemos deixar o café pra depois — Hope disse olhando a feição de Maura.

— Não, eu só preciso levar isso pra Jane — Disse pegando a bolsa — Se importa se tomarmos café por aqui mesmo? Para o caso de eu precisar sair — Perguntou enquanto saiam da sala.

— Não, claro que não — Maura adentrou o elevador junto a mulher mais velha e voltou a analisar os papéis da pasta.

Ao saírem do elevador caminharam para a sala do departamento, Maura caminhou até a mesa de Jane lhe entregando a pasta.

— A lama está contaminada pela doença de Aujeszky.

— E isso é? — Frankie perguntou.

— Suínos, ele estava aonde há um criadouro de porcos, a doença por ser transmitida pelo contato, pela saliva do animal e secreção nasal.

— Frost e Frankie vejam quais dos locais que encontrou que já criadouro de porcos depois passem para Korsak para que a gente consiga a ordem de varredura — Os dois afirmaram e saíram — E você, loira da mente brilhando, vai ganhar um banho de banheira e massagem — Maura negou rindo e recebeu um beijo no canto da boca.

[...]

— Então você e a Jane estão juntas — Hope disse após um longo período de silêncio, Maura a olhou segurando o copo com as duas mãos.

— Sim, há alguns meses.

— Fico feliz por vocês.

— Obrigada — Sorriu de canto e voltou a atenção ao seu café.

— Eu sei que a nossa relação não começou muito bem e teve todos os contras, mas eu quero fazer parte da sua vida, espero que não seja muito tarde pra isso.

— Eu não sei, nunca fui uma pessoa que tem muito contato afetivo com outras, claro, até Jane chegar na minha vida e trazer a Angela junto — Sorriu de canto — Então não vai ser tão fácil conviver comigo ou ser incluída em tudo.

— Eu sei e te entendo, darei seu tempo e espaço — Sorriu e Maura afirmou tomando um gole do café.

— Maura — Angela disse sorrindo e beijando-a na testa — Você viu a Jane?

— Resolvendo um caso.

— Ela quase não tomou café, será que comeu alguma coisa?

— Não faço ideia, passei toda a amanhã ocupada.

— Hope que prazer te ver — A cumprimentou animada — Ainda bem que você está aqui, quero ajuda com a cerimônia.

— Cerimônia?

— Da Jane e da Maura, ela estão noivas — A loira mais velha olhou para Maura surpresa.

— Você não havia me contado essa parte.

— Ela e a Jane são completamente iguais nisso.

— Eu vou adorar te ajudar, claro que se a Maura não se importar — A olhou  vendo negar com um maneio de cabeça.

— Já ligou para sua mãe?

— Ainda não tive tempo, mas ligo assim que possível, o dia está agitado hoje.

[...]

Jane adentrou a cafeteira do departamento vendo Maura junto a Angela e Hope que conversavam animadas.

— Oi ma.

— Oi querida, você comeu?

— Não tive tempo.

— Eu eu buscar alguns bolinhos e um café, espera aqui, eu já volto, Hope.

— Ela ta falando de novo sobre o casamento? — Maura afirmou.

— E nome italianos para os futuros netos, eu não quero nome italiano para nossos filhos, eu pensei em algo grego ou até mesmo espanhol.

— Não vamos colocar o nome que ela escolher, será exclusivamente e unicamente escolha sua, nem eu irei opinar.

— Eu gosto de Eros — Jane franziu o nariz — Você opinou — Disse rindo e empurrado-a levemente.

— Não opinei.

— Você mexeu o nariz, faz isso quando não gosta de algo.

— Aqui Jane.

— Obrigada ma — Disse pegando o café e o saco com bolinhos — Eu tenho que ir, você vem? Nós vamos até uma das fazendas — Maura afirmou levantando e pegando a bolsa.

— Vejo vocês depois.

— Tomem cuidado — Angela disse e as duas afirmaram saindo.

— Vou deixar você aproveitar a banheira comigo por ter me livrado daquele assunto, eu estava quase contando que a gente já está casada — Jane riu e abriu a porta de trás do carro pra ela — Eu preciso trocar os meus sapatos, não posso sujÁ-los de lama — Disse vendo Jane sentar atrás do volante, ao lado de Korsak.

— Você deixou seus tênis de corrida no porta-malas.

— Por que eu deixei meus tênis no carro?

— Eu não sei, mas eles estão ai há dias.

— E por que eu só sei disso agora? Os procurei por horas.

— Eu não sei, talvez tenha colocado por engano e não tenha notado, eu não me lembro da gente ter transado no carro.

— Jane! — A repreendeu envergonhada e Korsak riu das duas.

— É a verdade — Disse saindo da vaga.

[...]

— Pensei que Frost e Frankie viriam também, assim como a Walsh — Maura disse ao abrir a porta do carro, mas não saiu.

— Eles foram na outra fazenda de porcos — Korsak respondeu dando a volta no carro e olhando em volta.

— Jane — Chamou manhosa e a morena revirou os olhos indo até o porta malas pegar os tênis, logo lhe entregou, vendo-a sorrir falsamente.

— Dulce e Gabbana morreria de inveja com a minha mulher super estilosa — Disse sorrindo e Maura lhe encarou com os olhos semi-cerrados, sorrindo de canto.

— Vou te colocar pra dormir no sofá.

— Você certamente iria dormir no sofá comigo — Disse convencida enquanto caminhavam para perto dos cercados — Parece abandonada.

— Ou notaram que estávamos chegando — Korsak disse tirando a arma de dentro do blazer, Jane olhou para a loira por cima do ombro.

— Fique atrás de mim, Maura — O silêncio reinou pelo local, Korsak deu o comando para que os policiais fossem até os galpões e os seguiu.

— Limpo — Os policiais gritaram ao mesmo tempo.

— Encontrei uma coisa — Um deles gritou.

Jane, Maura e Korsak caminharam até o policial e ao chegarem fizeram uma careta ao sentir o odor podre.

— Não toquem em nada, pode estar contaminado — Maura disse colocando as luvas.

— Certamente está contaminado, Maura, não está sentindo? — A morena disse tapando o nariz — Eu vou precisar de um banho de duas horas pra ter certeza que não estou com esse fedor — Disse olhando para a loira que fazia algumas coletas.

[...]

— Nenhum sinal de movimento por aqui, eles podem ter saído antes de nós chegarmos, mas parece que ninguém vem aqui há meses.

— Espero que consigamos encontrar algo aqui e que Frost, Frankie e Walsh encontre algo útil na outra fazenda.

— Eu vou ligar para a Walsh — Jane afirmou vendo-o afastar-se.

— Jane — Maura lhe chamou de longe fazendo-a se aproximar — Coloque nos pés.

— Pra que isso? Toucas de pé.

— São pro-pés, precisamos entrar ali e assim não sujamos nossas sapatos lama.

— E por que eu tenho que entrar com você?

— Eu preciso de apoio, não posso me ajoelhar pra não pegar as bactérias que podem estar na lama, por acaso me quer doente?

— Não, eu te vi assim uma vez e não quero uma segunda.

— Eu não sou uma paciente ruim.

— Você é manhosa, se já era quando nós éramos apenas amigas, imagina agora, vou ter que te carregar no colo.

— Sou eu quem vou carregar nosso filho, Jane — Protestou.

— Eu acho que eu vou fazer esse esforço — Disse e sorriu, Maura negou sorrindo e seguiu para dentro da cerca junto a morena, abriu o frasco e agachou segunrando-se no braço da detetive.

— Abra a maleta, por favor — Jane lhe obedeceu e a observou tirar um plástico de dentro colocando o frasco dentro, depois pegou outro frasco e coletou a água.

— Quantas horas esses resultados vão ficar prontos?

— Depende de quanto tempo eu demore pra analisá-los, mas tudo indica que em dezessete horas.

— Está supondo?

— Eu não faço suposições, Jane.

— Walsh disse que conseguiu falar com o proprietário da fazenda, aparentemente está tudo em ordem por lá — Korsak disse aproximando-se da cerca, as duas saíram de onde estavam.

— Ele sabe algo sobre essa fazenda?

— Não muita coisa, mas Walsh não entrou em muitos detalhes, ainda estavam fazendo uma vistoria por lá.

— Melhor voltarmos para o departamento — Disse seguindo para o carro.

Maura guardou os equipamentosn no porta-malas, tirou os pro-pés do tênis e passou álcool em gel nas mãos colocando na mão da morena que revirou os olhos.

Korsak deu risada das duas, então entraram no carro voltando para o departamento.

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