sábado, 5 de outubro de 2024

A Sogra — História

 Capitúlo 9

Nigel adentrou o quarto de Miranda vendo-a sentava na cama com o notebook sobre o colo.


— Alguma coisa interessante sobre a sua nora?

— Sim algumas e ela não quer se casar — Disse sem olha-lo — Também descobrir que doggy style significa de quatro — O olhou sobre os óculos.

— Por que diabos você está procurando posições sexuais, Miranda?

— Andrea deixou escapar e eu fiquei curiosa pra saber o que significava.

— Escapar do sentido que foi sem querer ou do sentindo, estou me fazendo de inocente, mas quero que faça essa posição comigo?

— Céus, Nigel — Disse fechando a página e em seguida o notebook — Ela estava desabafando e simplesmente deixou escapar.

— Okay, o que mais descobriu além da posição que ela gosta de transar?

— Na verdade essa doggy style é apenas pra ter orgasmos, a posição que ela gosta no sexo é de lado.

— E você escutou com muito gosto, não? — Provocou, Miranda revirou os olhos.

— Ela gosta de viajar, de sair com os amigos e não faz isso com frequência desde que começou a namorar o Natanael, sua cor favorita é azul turquesa, flor preferida são pêonias e gosta de ravióli de camarão, ela gosta do chocolate quente que apenas a mãe dela sabe fazer, adora cozinhar, quer ter a própria editora e talvez trabalhar na Times ou na People antes disso, não pensa em casar e não é apaixonada pelo meu filho, mas gosta dele e ele não nota nada disso segundo ela.

— Ele é um grosso, como não nota as coisas que ela gosta e ainda não lhe deixa sair com os amigos, que relacionamento mais abusivo esse, Miranda — Disse incrédulo.

— Foi exatamente o que eu pensei quando ela me disse sobre eles, mas não posso me envolver nisso, Nigel, além de tudo e pelo que eu pude ver, ela não é submissa a ele.

— Pode ser a você, mas não vou colocar caraminholas em sua cabeça ou você não dormirá tão cedo, algo mais que descobriu?

— Ela quer ter um filho, não por agora, ainda quer viajar o mundo, mas não disse se quer com o Natanael ou inseminação, mas já que não quer casar, provavelmente inseminação — Nigel deitou ao lado das pernas esticadas da editora encarando o teto.

— Estou começando a achar que Nate não está tão interessado nela.

— Por que não?

— Não sabe coisas básicas como ela gostar de sair com os amigos, mas não fazer isso como antes por causa dele, ela ao menos quis mesmo ir morar com ele?

— Eu não perguntei sobre isso, acha que Natanael está virando uma péssima cópia do pai?

— Mesmo Mark não sendo o melhor dos homens, jamais te privou de ter uma vida, mesmo que não concordasse.

— Sim, isso é verdade, Natanael está começando a me preocupar, primeiro sobre o que ele fez no jantar, agora isso, onde eu errei com ele?

— Não é o fato dele ter errado com ele, Miranda, eu tive pais horríveis e nem por isso, me tornei alguém frívolo e mesquinho, vai do caráter que você escolhe ter e convenhamos que Nate foi egocêntrico em muitas coisas, mesmo você o repreendendo — Miranda passou a mão na nuca suspirando, logo Nigel se despediu indo dormir, pois já se passava dás dez horas da noite.

.§.

A música ecoava pelo cômodo quando Miranda parou na porta da cozinha, haviam ingredientes sobre a ilha da cozinha, as meninas gêmeas riam e dançavam junto a Andrea que lhes fazia rodopiar afastando-se e voltando a grudar seus corpos, cheias de farinha por suas roupas e cabelos, Miranda sorriu negando enquanto apoiava-se no vão da porta, Nigel havia ido caminhar um pouco, gostava de fazer isso no final de tarde e os empregados não estavam, Cara havia levado Patrícia para caminhar, só estavam as quatro em casa.

— Vem mamãe — Cassidy chamou fazendo com que Andrea sorri envergonhada, Miranda notou que ela estava mais leve do que desde que chegará ali.

— O que estão fazendo? — Perguntou vendo a bagunça de perto.

— Cupcakes, prova — Caroline disse colocando um pouco da massa próxima a boca da mãe.

— Bom — Disse passando a língua pelos lábios.

— A Andy quem fez, ela está nos ensinando.

— E vocês aprenderam? 

— Não — Cassidy disse com um largo sorriso e Miranda riu sentando-se em frente ao balcão deixando-as continuar com a bagunça que faziam.

Andrea tinha muito jeito com crianças, as meninas haviam demorado para se acostumar com Cara, mas ela fazia aquilo parecer tão fácil, Miranda observou os movimentos da morena, o sorriso e o som do riso, o som era muito melhor do que a música que ouviam, não que a música fosse ruim — certamente era o tipo de música que ouvuria — mas o som da risada de Andrea era encantadora e quando notou sorria, estava tão leve com aquela garota que não podia controlar.

Seu foco voltou para as filhas que riam ao se bater uma na outra em uma tentativa falha de dançarem, Andrea lhes ensinou os passos e logo uma nova música começou a tocar e as gêmeas começaram a fazer a colher de microfone, Andrea riu indo colocar os cupcakes no forno para assar.

As meninas começaram limpar a farinha que estava espalhada enquanto a morena fazia o recheio de chocolate, a dança continuou por um longo tempo e logo estavam recheando os cupcakes.

— Prova — Andrea estendeu a mão com a colher para Miranda que lhe olhou nos olhos enquanto pegava o conteúdo da colher com a boca, a morena sentiu a fisgada no baixo ventre ao ver a língua da mais velha deslizar por seus lábios tirando o excesso de chocolate que estava nos cantos da boca.

— Muito bom — Disse analisando a morena morder os lábios, a tensão sexual exalava e a quilômetros de distância podia ser notado.

Andrea imaginou-se beijando-a e Miranda imaginou-se recebendo o beijou que não aconteceu, não podia acontecer, era loucura sentir aquilo por alguém que não conhecia nem mesmo a uma semana e que para completar a loucura era namorada de seu filho, céus, como estava louca, seus olhos estavam presos nos de Andrea, queria tanto toca-la, mas ela estava distante, mesmo estando tão perto, era completamente proibida e intocável, deuses... O que fazer quando o proibido parece ser tão bom? Sua mente gritava para que descobrisse, mas também gritava o quão errado era tudo aquilo.

O som da porta fez com que Andrea desviasse o olhar e focasse em ajudar as meninas a rechearem e cobrirem os cupcakes, logo Nigel adentrou o cômodo e sentou ao lado da editora.

— O que estão aprontando?

— Cupcakes — As gêmeas disseram  animadas.

— Isso parece está uma delícia.

— Como diria o Doug, expledocular — Andrea riu ao lembrar — Ele sempre dizia isso quando eu preparava o jantar.

— E não faz mais?

— Não, paramos de ter nossas noites de bagunça e bebedeira quando comecei a namorar com Nate — Disse olhando-o brevemente.

— E não sente falta?

— O tempo inteiro, eles não costumam ir no apartamento do Nate, Lily não gosta dele e Doug, bom, fica em meio ao fogo cruzado como eu.

— E seus pais? Eles gostam do Nate? 

— Papai não opina — Disse olhando brevemente para Miranda.

— E sua mãe — A curiosidade de Nigel não tinha limites, isso lhe fez lembrar de Doug, curioso e linguarudo, não conseguia guardar para si mesmo as coisas.

— Preferia que eu estivesse solteira e de preferência em casa, Nate conseguiu mais um ponto negativo ao me convencer a vir pra cá.

— Vejo que temos problemas no... Paraíso? — Miranda revirou os olhos, sabia sobre o que o amigo se referia.

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