———§———
Capítulo 30
———§———
A claridade invadiu o quarto da cabana, fazendo Jane suspirar e então abrir os olhos, Maura tinha o rosto escondido em seu pescoço, ela levantou lentamente para não acordá-la e seguiu até a porta da sacada fechando as cortinas, em seguida desceu para a cozinha.
Preparou suco e algumas torradas com ovos mexidos e bacon, assim como uma salada de frutas e o café, em seguida arrumando tudo em uma bandeja e subindo para o quarto quando tudo estava finalmente pronto.
A bondeja foi posta na mesa de cabeceira cuidadosamente enquanto ela engatinhava pra subir na cama ficando ao lado da loira.
— Amor — Sussurrou escutando o suspiro da loira que estava de bruços — Acorda — Maura murmurou algo inaudível encolhendo-se ao sentir os beijos em seu pescoço.
— Jane, me deixa dormir — Pediu manhosa.
— Eu trouxe nosso café, pode voltar a dormir assim que comermos, na verdade podemos dormir até depois do almoço, o que acha? — Maura afirmou bocejando e virou abraçando-a pelo pescoço — Bom dia — Disse sorrindo ao ver a loira de olhos fechados.
— Bom dia.
— Melhor sentar, desse jeito não vamos conseguir comer — Maura sentou puxando os lençóis — Eu fiz suco já que não tem nada que possa fazer seu café, mas tem do café instantâneo, teremos que tomar café quando voltarmos pra casa.
— Tudo bem — Bebeu um pouco do café que estava na caneca e foi ajudada a comer.
Assim que o café foi finalizado, Jane desceu com a bandeja e a loira foi rapidamente ao banheiro, voltando pra cama minutos depois.
Jane a abraçou quando se deitou ao seu lado e logo estavam dormindo outra vez.
[...]
Maura adentrou a casa seguindo para a cozinha enquanto Jane subiu com as coisas, já se passava dás sete da noite, acabaram dormindo mais do que tinham previsto.
O som da porta chamou sua atenção de Maura e ela sorriu para Angela que entrava.
— Escutei o carro, como foi a comemoração de vocês?
— Muito bem — Disse sorrindo largamente.
— E a Jane?
— Subiu com as coisas, você vai sair? — Disse analisando-a.
— Sim, eu... Vou sair com umas amigas.
— Não me convenceu — Jane disse adentrando a cozinha, Maura sorriu por trás do copo enquanto a olhava.
— Não preciso que se convença, eu quem sou sua mãe.
— Você ta muito arisca, isso é tudo culpa do Tony.
— Ele não se chama Tony, se chama... — Parou de falar e revirou os olhos, Maura riu das duas, principalmente da feição curiosa de Jane — Eu vou indo, até mais.
— Mande o Ramon te trazer em segurança ou eu prendo ele — Disse alto para Angela ouvir.
— Ele não se chama Ramon — Disse antes de fechar a porta.
— O que vamos jantar? — Maura perguntou deixando o copo na pia e virando-se para olhá-la.
— Posso me contentar com você apenas.
— Estou falando sério, Jane — Disse contendo o sorriso.
— Eu também — A beijou no pescoço — Podemos pegar, uvas, morangos, chocolate e chantilly — Maura fechou os olhos.
— Um fondue.
— Pode ser, mas vou te usar como prato — Disse sorrindo maliciosa e puxando-a para um beijo lento enquanto abria seu vestido.
— Você é uma pervertida — Disse recebendo beijos no pescoço.
— Completamente pervertida por você — A ergueu fazendo-a lhe abraçar com as pernas enquanto a levava para o quarto entre beijos.
Ao chegarem no quarto, Jane a ajudou com o vestido e seguiram para o banheiro, regado por beijos quentes e intensos, sendo um pouco mais demorado do que previam, a detetive puxou a loira para o quarto e a deitou na cama, iniciando um amor calmo que logo tomou intensidade.
Maura caiu para o lado e ficou de costas sentindo a morena lhe abraçar pela cintura e beijá-la no pescoço.
— Tudo bem?
— Sim, apenas estou cansada, nós precisamos descansar já que trabalharemos logo cedo.
— Passaria as próximas semanas nesse quarto com você — A beijou fazendo-a arrepiar.
— Eu não duvido, mas diferente de você, eu não consigo ficar o dia inteiro no quarto.
— Séria por uma boa causa, maravilhosa causa — Maura riu e sentou na cama.
— Preciso de um outro banho.
— Quer ajuda?
— Não — Disse com um sorriso contido e seguiu para o banheiro adentrando o Box.
— Isso é cruel!
— Você sobrevive — Abrindo o registro e sorriu permitindo-se relaxar, só que agora na água morna.
[...]
— Olha só quem apareceu — Frankie disse encarando Jane com um sorriso malicioso nos lábios — Como foi sua noite de lua de mel?
— Maravilhasa, diferente de você que não sabe o que é isso — Korsak negou rindo.
— A Maura ta de greve, é?
— Frankie, vai trabalhar, vai — Disse sentando após tirar a arma da cintura.
— Maura gostou do lugar?
— Sim — Disse sorrindo olhando para Korsak — Obrigada por me cobrir ontem.
— Estou as ordens — Fez uma breve continência.
— O que eu perdi?
— Nada mais, apenas um roubo a uma loja no centro — Frost respondeu olhando-a.
— Homicídio?
— Não, apenas alguns artefatos quebrados e alguns objetos roubados assim como o dinheiro, nada mais, os policiais já acharam os culpados, pelo jeito novatos no ramo, já que não souberam esconder bem os rostos — Korsak disse negando com a cabeça.
— Nenhum caso?
— Nada — Frankie disse apoiado em sua mesa.
— Animador — Disse abrindo uma pasta, mesmo não querendo lê-la — Aonde está a Walsh?
— Atendendo uma ocorrência.
— Sobre o que?
— Nada demais, apenas uma senhora que disse que seu gato engasgou com um dedo humano, está ocupando o vizinho.
— Dedo humano? — Perguntou encarando o irmão.
— É, mas pelo que vimos, não passa de um graveto velho.
— Deixe-me ver esse dedo — Fez aspas e Frankie lhe entregou o caco com o objeto, Jane encarou o objeto e levantou rapidamente.
— O que aconteceu?
— Volto em alguns minutos, Frankie, não deixe a senhora que está ai ir embora, se o que eu vi for realmente isso, ela não está mentindo.
[...]
— Amor com você assim, eu não consigo me concentrar — Disse olhando-a sobre o ombro sentindo a respiração da morena em sua bochecha.
— Desculpa — Disse afastando-se e Maura voltou a atenção ao estetoscópio — Vai demorar muito?
— Não, mas eu preciso analisar com calma, por que não senta um pouco?
— Ta — Disse após soltar o ar e sentou mesmo contra gosto — Quanto tempo vai demorar?
— Meia hora, eu precisa analisar o todo o conteúdo queimado e todos os DNA's que consegui encontrar aqui.
— Se for realmente um dedo, o assassino não vai ter tocado após colocar fogo.
— Não, mas posso saber melhor aonde o corpo foi queimado e encontrar o restante do corpo ou algo que possa ajudar a encontrar o dono desse possível dedo.
— Hmm... — Disse pegando o celular — Korsak? Sou eu — Disse ao ser atendida — Procure em ocorrências de pessoas desaparecidas, possa ser que ache alguma coisa — Disse e voltou a olhar para Maura que continuava sua análise — Não, ainda
não achamos nada, mas Maura está analisando... Sim, quando ela terminar eu subo com o resultado... Okay — Disse desligando.
— Deveria ser menos apressada.
— Não estou sendo apressada, estou sendo rápida e economizando tempo, pensando a frente e descartando coisas desnecessárias.
— Okay — Disse e pegou o líquido transparente que Jane não soube distinguir colocando junto ao pequeno pedaço do tecido retirado do possível dedo.
— Só okay?
— O que quer que eu diga?
— Que vai terminar isso rapidinho e que eu vou levar isso pra cima bem rápido e voltar pra gente fazer coisas na sua sala — Maura a olhou sobre o ombro segurando o sorriso.
— Não vamos fazer coisas na minha sala.
— Qual é Maur, eu estou com saudade de você.
— Quando você se tornou uma maníaca por sexo? — Perguntou em um sussurro vendo um dos assistentes andar pela sala.
— Desde que dormimos juntas a primeira vez — Imitou seu tom de voz e sorriu, Maura negou sorrindo — Você não é muito diferente de mim, eu vi lá na cabana e no nosso quarto.
— Eu não estava tentando avançar o trabalho lá quando fizemos isso — Voltou a olhar para o estetoscópio — Então controle-se, em casa fazemos isso.
— Temos que colocar algumas regras nessa relação, o primeiro item é o sexo matinal ser uma obrigação e nas pausas do trabalho, assim como em qualquer lugar que possamos transar — Maura negou mordendo os lábios para não rir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.